Ayrton Matheus da Silva Nascimento e Maria Elzita Alves Aragão


“POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA? SE SÓ FALA DE QUEM JÁ MORREU!?” UMA ANÁLISE DO DISCURSO SOBRE A (DES)LEGITIMIDADE DOS SABERES HISTORIOGRÁFICOS EM SALA DE AULA


O presente resumo tem como objetivo, a partir do relatório de experiência da disciplina Estágio supervisionado I como pré-requisito obrigatório nos cursos de licenciatura plena na Universidade Federal de Alagoas- UFAL, analisar e compreender o discurso de (des)legitimidade da disciplina de História, tendo como corpus o enunciado "Porque estudar História? Se só fala de quem já morreu?!" a partir do aporte teorico-análitico da Análise do Discurso Francesa de linha Pecheutiana (ADF), segundo: Pêcheux (1993)  Orlandi (2012) e Brandão (2004). Análise do discurso o enunciado ao seu contexto exterior e suas condições de (re)produção.
A disciplina de Estagio Supervisionado I consiste em nortear a formação dos futuros professores a partir da integração das atividades teóricas e práticas, com uma carga horária de 100hr, dividida em 60hrs teóricas construídas de discussões em sala e 40hrs de observação no ensino fundamental. Permitindo ao aluno/futuro professor discutir teoricamente em sala de aula (Universidade), seguido da imersão no contexto escolar, munido de suporte teórico do que possivelmente encontrará na fase de observação. A execução do Estágio se dá de forma individual, mas como consistia na fase de observação foi possível partilharmos a mesma sala.
O período de observação ocorreu entre os dias de 05 de outubro de 2017 a 08 de novembro de 2017, cumprindo a carga de 40 horas. Nas turmas de: 8°A, 8°B, 9°A e 9°B.
O Estágio Supervisionado foi realizado na Escola Municipal de Educação Básica José Bezerra da Silva, pertencente a rede municipal de ensino, situada na rua: Joana Angélica, no bairro Pedra Velha, na cidade de Delmiro Gouveia no estado de Alagoas.
O bairro onde a escola está situada deu origem a cidade, antes chamada Pedra, com uma população de mais de três mil pessoas, sendo um dos mais antigos bairros da cidade. 
O mesmo sofre de problemas ambientais e sociais, tais como: saneamento básico em péssimas condições, pouca assistência à saúde, alto índice de desemprego, marginalizado e na periferia.
Já a instituição escolar é organizada em sistema de ciclos, e, atende a alunos do fundamental I e II compreendendo, respectivamente, do 1° ano até 9° ano do ensino fundamental. Os alunos que estudam na escola são advindos do próprio bairro e de alguns povoados das áreas circunvizinhas da cidade.  Segundo as informações obtidas no site Qedu, com informações atualizadas em 2016, a escola possuía o ideb de 3,5 abaixo da meta e de cada 100 anos em média 22 não conseguiam a aprovação.
A relação entre análise de discurso e história
A História como ciência, surge no sec.XIX, sob a égide do positivismo, tendo como principal objetivo a formação de uma identidade nacional e unificação dos países. A mesma tinha no seu bojo a primazia desse papel social, e cabia ao historiador resgatar, mediar e atribuir esses sentidos que seriam (re)produzidos por meio de suas narrativas historiográficas.
A ciência como bem definiu Bloch tinha como objeto os homens, mas, precisava trazer a sua especificidade, e algo que a distinguisse das demais ciências sociais. O tempo, ou melhor, os “homens no tempo”. No seu desenvolvimento e transformações, os historiadores se laçaram a outras práticas, mas nunca perderam a sua dimensão particular, como diria Burke: “A história das práticas religiosas e não da teologia, a história da fala e não da linguística, a história do experimento e não da teoria cientifica.” (2004, p.78). Ou seja, ainda que o historiador se lançasse a outras (novas) formas e objetos para a história, esta nunca perderia a sua característica central, dos homens e suas praticas no tempo e no espaço.
Para iniciarmos a análise partimos do pressuposto de que o discurso compreende uma das dimensões humanas, e que, o mesmo pode fornecer ao historiador material vasto de análise para compreender os homens no seu tempo, e, que todo discurso possui um contexto de (re)produção, e que este pode nos auxiliar a desvelar os sentidos e a relação entre enunciado(r).
Compreendemos discurso como “unidade linguística constituída de uma sucessão de frases.” E, que este é “concebido como a inclusão de um texto em seu contexto.” Como traz Charaudeau e Maingueneau no seu dicionário de Analise de Discurso.
Para analisarmos o discurso faremos uso do aporte teorico-analitico da Análise do Discurso de linha Francesa Pecheutiana (a partir do final da década de 1960) ou também conhecida como a “ciência dos entremeios”. Que emerge alicerçado ao dialogo entre Marxismo (Teoria da História) advindo de “Aparelhos ideológicos do estado” Althusser. A psicanálise com a leitura de Lacan sobre a produção de Freud e Saussure na linguística, como traz Brandão (2004). Tendo como objeto de estudo o discurso político.
Só fala de quem já morreu?”
A legitimidade do discurso historiográfico foi problematizada desde a Grécia Antiga em “A poética” de Aristóteles, em que o poeta em seu ofício falaria do que poderia ter acontecido já, o historiador de como aconteceu. Legitimidade essa defendida e afirmada pujantemente pelos positivistas no século XIX, tendo sua plausibilidade, devido à discrição objetiva das fontes. Fontes essas: documento oficial, em que na maioria das vezes era produzido pelo Estado. Conferindo então à historiografia o status de cientificidade. Claro que tal objetividade foi fortemente combatida pelos historicistas, marxistas e posteriormente pela escola dos Annales.
Ao desvelarmos o enunciado "Porque estudar História? Se só fala de quem já morreu?!", percebemos que esse questionamento faz uso da ironia ao questionar a legitimidade da História enquanto campo do conhecimento. E, que a sua associação apenas com quem já morreu a anula e coloca os sujeitos na posição enquanto desconexos da história e de ações que possam alterar e resistir às condições que já estão postas. Afere opacidade ao caráter da história, suas reflexões e utilidade.
A ideia de que História só fala de quem já morreu funda-se em um equívoco, visto que o estudo do passado não tem um fim em si mesmo. Voltamos ao passado muitas vezes para respondermos a questões do presente e, perceber como muitas relações que nos são postas foram historicamente construídas. Percebemos também que no tempo já existiram outras formas de ser e de compreender diferentes da nossa. Desenvolvemos alteridade e senso de respeito às mais diversas culturas. E, que muitas vezes a história da forma em que se é contada produz incômodos a uma sociedade que tem como base a instauração em um conflito de classe que se materializa por meio da língua(gem) e do discurso.
Em âmbito nacional o país estava passando por um processo de Impeachment, quase consensualmente definido como golpe por historiadores e cientistas sociais, que foram a público manifestar as suas leituras referentes ao acontecimento. Como vemos na obra "Historiadores pela democracia: O golpe de 2016 e a força do passado" dentre outras. E, que isso provocou uma onda de ataques conservadoras quanto ao discurso e o fazer historiográfico, suas práticas e suas formas.
Neste sentido, concordamos com Pecheux ao afirmar que sempre "existe um confronto discursivo sobre a denominação dos fatos" (2012, p.21) e que a formação discursiva em que os sujeitos estão inscritos definem e atribuem os sentidos. Quando fazemos uma macroanalise com o seu cenário de produção ele toma novos sentidos, e, que a legitimidade do saber historiográfico sempre foi questionada dependendo do posicionamento do Estado.
A história muito incomoda quem não morreu
Concluímos que a história não só fala de quem já morreu, mas que a mesma também incomoda a quem não morreu e que na maioria das vezes tem denunciado esse conflito, a crise e outras possibilidades de como os sujeitos poderiam responder frente a isso. Na história vemos como outros se portaram frente a tais questões. E, que devido a isso, vem sendo abruptamente atacada por meio de discursos deslegitimadores.
O próprio desinteresse materializado discursivamente e consensualmente pelos alunos desvelam outros discursos, e, ideologias presentes, quer sejam rupturas e/ou silenciamentos interligados a outras vozes que interpelam esses sujeitos, e produzem o assujeitamento.
Na nossa análise não excluímos outras formas de analisar ou outros gestos de leitura, mas apenas damos uma pequena contribuição para provocar outras discussões e perceber que mesmo no uso mais simples e cotidiano dos enunciados trazem uma carga histórica e ideológica que se faz presente quando se é evocado, que ali se presentifica sentidos novos ou já construídos, que rompem com os antigos a partir das suas especificidades, quer sejam ás condições de produção quer sejam os sujeitos.
Sabemos também que o enunciado não é proferido pela primeira vez na história, e que dependendo do Estado e dos sujeitos que proferem tomam novas formas e novos sentidos, que cabe ao pesquisador desvelar, seja na antiguidade clássica, no movimento positivista e até mesmo nos dias de hoje.

Referências
Ayrton Matheus da Silva Nascimento é licenciando no curso de História da UFAL
Maria Elzita Alves Aragão é licencianda do curso de História da UFAL
ARISTÓTELES. Poética. Trad.,Pref.,Introd.,Com.,Apend. de Eudoro de Sousa. Porto Alegre: Globo, 1966.
BESSONE, Tânia; MAMIGONIAN, Beatriz G.; MATTOS, Hebe (org.). Historiadores pela Democracia – O golpe de 2016: a força do passado. Editora Alameda, 2016.
BLOCH, Marc Leopold Benjamin, Apologia da história, ou, O ofício de historiador. — Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
BURKE, Peter. O que é História Cultural?.2.ed. RJ: Zahar, 2008.
CHARAUDEAU, Patrick; MAINGUENEAU, Dominique. Dicionário de Análise do Discurso. 3.ed. SP:Contexto,2012.
HELENA, H. Nagamine Brandão. Introdução à Análise do Discurso, Campinas, SP: Editora da Unicamp, Ed.2004.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de Discurso: princípios & procedimentos. 8. ed. Campinas: Pontes, 2012.
Pêcheux, Michel, 1938-1982. O discurso: estrutura ou acontecimento; Michel Pêcheux; tradução: Eni P. Orlandi - 6 edição, campinas SP Pontes Editores, 2012.

29 comentários:

  1. Cláudio Correia de Oliveira Neto8 de abril de 2019 às 06:09

    O contato dos alunos com o saber histórico durante as aulas ministradas pelos estagiários mudou em algum nível a visão deles sobre "a história que fala só sobre quem já morreu"? Se possível exemplifiquem.
    Cláudio Correia de Oliveira Neto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa Noite!

      Agradeço seu comentário!

      Infelizmente a disciplina de estágio supervisionado I consistia apenas na observação e não na ministração de aulas.

      Cordialmente, Um Abraço!


      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  2. Houve algum tipo de intervenção no estágio para mudar a perspectiva dos alunos acerca da legitimidade dos saberes históricos? Ou foi apenas uma observação que levou a essa reflexão?
    Analiana Rodrigues da Silva

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Analiana Rodrigues da Silva, Boa Noite!

      Como a própria proposta da disciplina, o estágio supervisionado I consistiu apenas na observação.

      Agradeço seu comentário!

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  3. Você acha que esse estigma "Por que estudar história se só fala de quem já morreu?" Pode ser quebrado um dia até mesmo pelos próprios alunos?
    Kamily Alves

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa Noite Kamily Alves!

      De fato é um desafio que talvez nunca seja superado, mas, enquanto professores devemos acreditar que dias melhores virão. E aproveitarmos o nosso espaço em sala de aula para contribuir, na mudança e desconstrução desses estigmas e imaginários.

      Cordialmente um abraço!

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  4. Boa noite,
    Em primeiro lugar, parabéns pela criatividade do texto. Ele foge, tanto pelo título como pelos termos utilizados, do senso acadêmico tão em voga na maioria dos eventos.
    A minha dúvida é mais ou menos a seguinte: se é possível pensar que a deslegitimação do ensino da História proveria de um discurso prévio, como tornar o discurso fraco e, assim, ressaltar o valor inestimável que essa disciplina possui na escola básica?
    Muito obrigado!
    Bruno Nunes Batista.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Bruno Nunes Batista, Boa noite!
      Agradeço seu cometário e suas ponderações!

      Vamos dividir sua questão em duas partes, a primeira se é possível: Acreditamos que sim, a constituição desse enunciado advém sim de um discurso prévio.Já a segunda parte:como tornar o discurso fraco e, assim, ressaltar o valor inestimável que essa disciplina. Consistiria na nossa integração dos conteúdos presentes nas aulas e nos livros didáticos ao cotidiano do aluno. Demonstrar que a história está relacionada até nas coisas mais simples do nosso cotidiano, e esta nos permite transformar a realidade em que estamos inseridos.

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Respeitosamente um abraço!

      Excluir
  5. Olá, primeiramente gostaria de parabenizar pelo tema e pelo texto. Gostaria de saber se ocorreu a discussão em sala sobre o porque de estudar história, se os alunos compactuam com a ideia de "para que estudar história se só fala de quem ja morreu?", visto que é um senso comum. Gostaria de saber também se foi proposto alguma atividade com o objetivo de fazer com que os alunos realizassem uma reflexão sobre a importância da história atualmente, no contexto atual e em suas vidas.
    GABRIELLE LEGNAGHI DE ALMEIDA

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Gabrielle!

      infelizmente tais intervenções não foram possíveis. O estágio consistiu apenas na observação das aulas, em relação ao indagamento se os alunos compactuam da ideia de "para que estudar história se só fala de quem ja morreu?" este corpus foi utilizado para desenvolver a análise a partir da experiência da disciplina Estágio supervisionado I.

      Esperamos ter respondido suas questões!!

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  6. Respostas
    1. ok
      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  7. Respostas
    1. ok.
      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  8. Respostas
    1. ok.
      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  9. Primeiramente gostaria de parabenizar pelo desenvolvimento da temática, visto que, no ensino fundamental sempre foi um questionamento pessoal tácito nas aulas de história.
    Utilizando como gancho o último parágrafo do texto, em situação hipotética de o sujeito a proferir o questionamento a cerca da "validade" da História for um estudante do 8° ano que se depara, obedecendo o currículo escolar, com a Idade Média, por exemplo, amplamente distânte em tempo-espaço de sua realidade. Logo, questiono em que medida, o docente poderá desenvolver uma discussão em aporte teórico metodológico - com a utilização de cânones historiadores similar aos que aparecem no referencial bibliográfico - com jovens entre 12 e 13 anos de idade.

    NATHALIA ALCANTARA CAMARGO PEREIRA

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Natália!

      Agradecemos desde já.


      Bom, referente a seu questionamento: faz parte de um dos nossos desafios enquanto professores, traduzir esses conhecimentos de forma clara e compreensível para os alunos, tornando-os mais simples, pois faz parte de nossa função enquanto professores traduzir saberes e conhecimentos produzidos e pensados na universidade de forma que os alunos possam operacionalizar e aplicar a seu contexto.

      Cordialmente,

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  10. Como em um tópico diz "a história incomoda muita gente ", como isso foi usado pelos estagiários? Já que a atual situação da história brasileira passsa por um momento de "perda de memória" sobre fatos de 1964 a 1985 , logo, relembrar essa história, com certeza incomoda muita gente viva.
    Gabriel Braga de Souza

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Gabriel!

      O tópico citado no questionamento foi colocado no intuito de provocar reflexão e mostrar essa historiografia que está sendo construída a partir dessa perspectiva de denúncia contra ideias que tentam negar e mascarar.

      Cordialmente,

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  11. Boa tarde! Parabéns pelo trabalho.

    O trabalho aponta para uma problemática importante no ensino de história, pois explicar para crianças qual a importância de estudar história, quando a mesma já absorveu tais discursos abordados, dobra nosso trabalho. A partir disto que elaboro minha pergunta: Hipoteticamente, qual seria a melhor saída para o professor lidar com estas questões na sala de aula?

    Atenciosamente,
    Elizabeth Oliveira

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Elizabeth!

      É aproveitar cada vez mais esses nossos espaços de fala, levando o aluno a reflexão crítica quanto a sua realidade.


      Cordialmente,

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  12. JESSICA MONTEIRO VIANA DE ANDRADE11 de abril de 2019 às 15:21

    Em meio a experiências em sala de aula, meu primeiro contato foi entender a opnião dos alunos sobre a história. E o que não é novidade, ela está sempre no passado.
    Entretanto, percebi que ao decorrer da desconstrução e do vinculo do passado-presente, os alunos as vezes acabam assemelhando a história ao futuro, o que na minha opnião essa junção tempora cria uma connfusão.
    Como explicar de forma mais didática a importância da história, ou melhor como fazer os alunos perceberem que ela não está morta?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Jéssica!

      Por tentar mostrar para os alunos o tanto de passado que tem no nosso presente, mostrar que de fato a história não está morta, mas, ela é fluída e hoje na contemporaneidade tem muitos reflexos desse passado.

      Cordialmente,

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  13. De fato, a questão da legitimação da história como um saber cientifico e um campo de saber necessário para o desenvolvimento dos alunos como cidadãos pertencentes a núcleo social é uma questão que a muito vem tentando ser solucionada. Após a presente pesquisa foi possível que vocês conseguissem elaborar ou imaginar formas de trabalhar a historia em sala de aula derrubando esse discurso da visão dos alunos?
    Rayra Torquato de Lima

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Rayra!

      Sim, nós pensamos sim em uma forma de trabalhar. Seria mostrando exemplos na própria história de pessoas que por terem conhecimento puderam lutar para terem seu contexto social mudado e transformado.

      Cordialmente,

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão


      Excluir
  14. Primeiramente gostaria de parabenizar os autores pela ótima abordagem do tema!
    O trabalho refere-se ao um fato presente no sistema educacional de nosso pais,a respeito do ensino principalmente de história, não podemos negar que há uma certa "valorização" da área das exatas que se dar ao longo de toda a etapa escolar do educando, fazendo com que ele limite-se ao estudar outra área, como por exemplo história e consequentemente acaba por não saber realmente o que vem a ser história, pela forma de como é abordada em seu ambiente escolar ou até mesmo pela sua falta.
    Gostaria de saber quais seriam as suas orientações de ante do presente trabalho apresentado a respeito de como abordar o ensino de história na sala de aula de forma que venha valorizar esta área da educação que permite desenvolver dentre outros conhecimentos no aluno, O seu senso crítico?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Shirley!

      Mostrar uma história que é denúncia, uma história que é possível compreender porque que hoje em pleno século XXI ao ir no supermercado existe uma atitude de racismo e como nós podemos lutar e desconstruir todos esses estigmas que foram historicamente construídos!

      Cordialmente,

      Ayrton Matheus da Silva Nascimento
      Maria Elzita Alves Aragão

      Excluir
  15. Parabéns pela reflexão
    Uma pergunta que sempre irá permear nossa profissão, portanto sempre atual! Marc Bloch já se debruçou sobre isso de modo belíssimo.
    No entanto, quero fazer algumas considerações.
    Não foi um bom caminho articular sua interessantíssima reflexão com a tentativa de enquadramento das narrativas históricas em torno do impedimento da Dilma. Foi impedimento ou Golpe? Não acho que seja o momento apropriado pra debater isso.
    Afinal, poderia questioná-lo quais seriam esses ataques conservadores?
    Que historiadores comungam dessa perspectiva? Vale ressaltar que, grande parte dos interlocutores e do livro citado, compartilham de uma narrativa de viés esquerdista, portanto uma história única sobre um passado, que não corresponde à realidade dos fatos, e ao que pensa as instituições políticas e a sociedade em geral.
    É uma narrativa que não tem sustentação fora do ceio das universidades.
    Filtre bem o que andam lhe dizendo.

    Lucas Rafael Santos Costa

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.