Lidiana Emidio Justo da Costa e Simone Bezerril Guedes Cardozo


NOTAS SOBRE O ENSINO DA PRIMEIRA REPÚBLICA NO BRASIL A PARTIR DE CHARGES E CARICATURAS VEICULADAS NAS REVISTAS O MALHO, CARETA E FON-FON


Trabalhar, em sala de aula, o período denominado Primeira República no Brasil (1889-1930) é um desafio para o professor da Educação Básica. As complexidades que envolvem o referido momento histórico, marcado por certos graus de instabilidade política, social e econômica, impõem abordagens mais densas, que, muitas vezes, provocam o desinteresse do alunado, que julga o conteúdo como complicado, “espinhoso”.
Dessa forma, pensando em tornar as aulas sobre o citado período mais atrativas, recorremos às fontes visuais, principalmente as charges e/ou caricaturas produzidas pelas revistas que circulavam na época em questão. Carregado de críticas políticas, o humor visual veiculado nos impressos pode despertar reflexões sobre comportamentos e práticas do passado, que, de alguma maneira, persistem na sociedade brasileira contemporânea.
Para o presente artigo, foram selecionadas as revistas cariocas O Malho (1902-1954), Fon-Fon (1907-1958) e Careta (1908-1960), cujos acervos estão disponibilizados na internet. Eram periódicos, como pode ser observados em seus títulos, caracterizados por aspectos satíricos.
Um time de desenhistas, caricaturistas e literatos contribuiu significativamente para o sucesso das revistas anteriormente citadas, bem como para outras também publicadas naquela época. Dentre as figuras relevantes no cenário nacional que fizeram parte desse rol de profissionais, estavam, segundo Isabel Lustosa (1989), Ângelo Agostini, Raul Pederneiras, Alfredo Storni, Kalixto, J. Carlos, Olavo Bilac, Guimarães Passos, Pardal Mallet, Luiz Murat e José do Patrocínio. Muitos desses nomes compuseram o que se chamava de a “imprensa jovem”, constituída por frequentadores assíduos da Confeitaria Pascoal e das calçadas do Ouvidor, no Rio de Janeiro.
A revista O Mallho foi criada em 1902, ou seja, nos anos iniciais da República, em que incertezas e desconfianças políticas em relação à concepção e aos rumos do novo regime se faziam presentes, como destaca Renato Lessa (1999). Num ambiente de efervescência política, o periódico contou com as produções dos jornalistas Luís Bartolomeu de S. e Silva e Crispim do Amaral. Dois anos depois, em 1904, suas páginas assumiriam um viés mais combativo, com fortes críticas políticas. Outra curiosidade sobre O Malho é que, em suas primeiras publicações, o personagem “Zé-Povo Brasileiro” entra em cena no lugar do “vigoroso índio, adotado por Ângelo Agostini para representar o Brasil” (1989, p. 56). Atentemos para a imagem a seguir:



Figura 1: Revista O Malho, 12 novembro de 1904, “O Atlas da República”. Disponível em: http://omalho.casaruibarbosa.gov.br/revista.asp?rev=113&ano=1904.

Para a compreensão dessa e de outras fontes visuais que serão trabalhadas neste artigo, é importante levantar alguns questionamentos, juntamente com os alunos, para se buscar compreender as relações sociopolíticas estabelecidas pelos impressos que traziam as imagens, demonstrando que não existia nada de natural nessas veiculações. De tal maneira, é fundamental elencar os seguintes pontos: ano de produção/autoria; circunstâncias políticas/sociais do período; crítica levantada pela charge/caricatura; como as imagens são distribuídas nesses suportes; e como interagem com as demais seções do periódico analisado. Essas observações chamam atenção para a necessidade de se atentar para o lugar social de produção do objeto analisado.
A referida imagem é do autor J. Dubois e é concernente ao ano de 1904. Dentre os personagens destacados, observa-se a figura do então presidente da República, Rodrigues Alves, que está acompanhado por outros políticos civis e um militar, todos distribuídos amontoadamente.
Em referência à mitologia grega, a charge faz alusão ao Titã Atlas, que é condenado por Zeus a carregar sobre seus ombros o mundo. O Titã Atlas assume a identidade de Zé Povo Brasileiro, que carrega sobre seus ombros o globo/céu azul com as estrelas da federação, envolto, ironicamente, sob o lema da bandeira republicana: “Ordem e Progresso”. Aqui, vale salientar que na categoria Povo, durante a Primeira República, encontravam-se pessoas vinculadas ao mundo do trabalho, as quais lutavam laboriosamente pela sua sobrevivência e de sua família, a exemplo dos trabalhadores rurais e urbanos, bem como operários, artesãos, pequenos proprietários e funcionários públicos de nível inferior (CARVALHO, 2003).
Essa gente estava representada na figura de Zé Povo, que exclama: Sim, sim! Sou o Atlas da República; mas é preciso que o governo não me enfraqueça, nem me sobrecarregue muito... Do contrário, não aguento... e vai tudo por água abaixo”.
No que tange às circunstâncias políticas e sociais, pode-se constatar que se tratava de tempos conturbados. Podia-se perceber que o viés coronelístico e oligárquico dava o tom na configuração do Estado brasileiro. Tinha-se, ainda, a existência de uma cidadania que fora tão alardeada pela Constituição de 1891, mas que não era sentida pelos mais pobres, cujas desconfianças e experiências passadas os impediam de acreditar em possíveis mudanças sociais (CARVALHO, 2003). O cidadão representado por Zé Povo tem um aspecto cansado e oprimido.
Para ser ter uma ideia, o Rio de Janeiro vivenciou, no ano de 1904, uma política de modernização rigorosa que culminou na expulsão das pessoas mais pobres das áreas centrais da cidade. Havia um anseio por parte das autoridades em transformar o Rio de Janeiro em uma “Paris dos Trópicos”, como pretendia o então prefeito Pereira Passos.
A eclosão da Revolta da Vacina, por exemplo, refletiu o mal-estar sentido pela população mais pobre, alvo dos desmandos das autoridades estatais. Esses acontecimentos foram tratados em artigos das coletâneas de O Malho. Portanto, é possível destacar que, além da crítica que a charge faz ao regime republicano, há clara uma advertência: “o povo que sustentava nos ombros o peso do Estado e dos políticos que o regiam poderia não suportá-los” (OLIVEIRA, p. 346). Estava dado o alerta em O Malho!
Nessa mesma edição, Zé Povo aparece, sob o título “É assim que se fala”, com um porrete de madeira em mãos; ao seu lado, no chão, um revólver entrelaçado ao punhal. Ele diz:
“Com o raio dos diabos! Os homens graúdos falaram a meu favor contra a vacina obrigatória; mas os tais senhores jornalistas botaram a boca no mundo contra os defensores do meu sossego... Ora pois: quem é que vai sofrer o espeto da lei? Sou eu! Sou eu somente [...], e eu que aguente calado. Vou fazer o papel que me compete: - PEÇO A PALAVRA!” (O Malho, 1904)”.

Figura 2: Revista O Malho, 12 novembro de 1904. Disponível em: http://omalho.casaruibarbosa.gov.br/revista.asp?rev=113&ano=1904.

Como se pode perceber na charge de Leônidas, Zé Povo ressurge de forma mais reativa. Os “homens graúdos” a que ele se refere seriam os jornalistas que saíram em defesa da população contra a vacina obrigatória. Essa mesma população combatia o Estado, que, ao invés de ser arbitrário, deveria protegê-la.
O sanitarista Oswaldo Cruz é representado de forma assustada atrás de uma parede, enquanto Zé Povo pede a palavra, que, ironicamente, traduzia-se em reagir de porrete em mãos.
É evidente o reforço do chargista em torno dos aspectos físicos de Zé Povo – cabelos cacheados, nariz e lábios grandes – traços que denotavam sua ascendência africana. Aspectos muito relevantes tendo em vista que a abolição da escravatura havia ocorrido há pouco tempo (1888), o que nos leva a refletir como viviam os ex-escravos e seus descendentes durante a chamada Primeira República brasileira.
Segundo Pedro Krause Ribeiro (2009), na maioria das vezes, os jornalistas e caricaturistas tomavam para si a tarefa de falar em nome do povo, apresentando em seus discursos o povo contra o poder, dando enfoque ao lado mais reativo das pessoas. Em outras situações e contextos, a categoria jornalística costumava colocar Zé Povo envolto em um sentimento de orgulho patriótico, como se pode analisar na próxima charge, publicada pela revista Fon-Fon, em 1907.

Figura 3: Revista Fon-Fon, 28 de dezembro de 1907. Disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/fonfon/fonfon_anos.htm
A charge acima é de autoria de Alfredo Storni. À época, Rui Barbosa representou o Brasil na Conferência de Haia, em 1907. Nota-se o orgulho de “Zé” pelo seu representante. Seria esse também o sentimento do chargista? Provavelmente sim. Pois, como afirmou Ribeiro (2009, p. 1040), a Conferência de Haia “representou para os cartunistas da época uma situação de grande patriotismo e isto interferia nas falas dos chargistas, que retoricamente utilizavam o Zé Povo para expressar tal situação”.
Fundada em 1907, a revista Fon-Fon teve como um de seus idealizadores o escritor e crítico de arte Gonzaga Duque. O time de ilustradores contava ainda com a contribuição do pintor Di Cavalcanti e Nair de Tefé (primeira caricaturista feminina do mundo; assinava na revista como Rian. Casou-se em 1913 com o presidente Hermes da Fonseca). Cabe lembrar que o nome da revista Fon-Fon aludia à buzina de um carro (FRANQUI, 2016), ou seja, poderia ser barulhenta, provocadora, questionadora do status quo.
Para alguns pesquisadores, a exemplo de Vivian Marcello Ferreira, a revista Fon-Fon teria sido uma importante “formadora e reprodutora de opiniões e comportamentos da sociedade carioca durante o início do século XX” (2015, p. 1). Era responsável por informar à sociedade carioca sobre as últimas tendências da moda em Paris, além de registrar o cotidiano citadino em suas notas e charges, como bem analisou a autora.
Na edição do dia 16 de maio de 1914, a revista trouxe como capa uma imagem sobre o movimento sufragista, assinada por Raul Pederneiras. Conhecido pelo seu antifeminismo, ele era um crítico contundente em relação à presença da mulher no mercado de trabalho.
O comportamento de Raul Pederneiras não era estranho a muitos dos seus contemporâneos. No início do século XX, os mais tradicionalistas sentiam-se desconfortáveis com as mudanças no comportamento feminino. Era novidade, por exemplo, mulheres da elite e classe média andarem pelas ruas desacompanhadas.
Tinha-se uma imprensa controlada/monopolizada por homens, os mesmos que em suas colunas aconselhavam “as leitoras sobre o serviço doméstico, moda, literatura e comportamento” (FERREIRA, 2015, p. 6). Portanto, imperava a visão masculina sobre o “ser mulher” nas publicações da então revista. Algo que se contrastava com os avanços tecnológicos, que traziam novidades como “o telefone, o cinematógrafo, a fotografia, o automóvel e o avião” (FERREIRA, 2015, p. 6).
Assim, a modernidade era desejável e bem quista em vários aspectos. No entanto, para o público feminino, persistia a cultura da censura e vigilância nos costumes.

Figura 4: Revista Fon-Fon, 16 de maio de 1914. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=259063&PagFis=0.

É possível identificar nessa charge de Raul Pederneiras diversos perfis femininos, tais como jovens militantes, matronas e uma mulher negra no primeiro plano. As consideradas feministas aparecem no segundo plano, na cor cinza, munidas de paus. É possível que o autor quisesse evidenciar o radicalismo dessas mulheres, quem sabe com a intenção de ridicularizá-las. Observando o lado esquerdo da imagem, é possível identificar a figura de um homem minúsculo (o caricaturista) fugindo das sufragistas, que aparecem em maior estatura e armadas com pau.
A respectiva cena leva-nos a refletir sobre como estava organizado o movimento feminista no contexto da Primeira República. De acordo com a pesquisadora Karine Rocha (2015, p. 28), “o feminismo no Brasil do século XIX e início do XX não se configurou, porém, como um movimento propriamente dito, mas sim através de vozes espalhadas pelo país, com dificuldades de comunicação”. Bem diferente do que ocorria nos Estados Unidos, Inglaterra e até na Argentina, “as brasileiras não se reuniam em associações para estudar e divulgar a causa” (2015, p. 28).
No entanto, apesar do problema de comunicação, em 1910 foi criado o PRP (Partido Republicano Feminino) com o objetivo de questionar e combater as diferenças entre os sexos e reivindicar o direito ao voto feminino. Esse partido teve a liderança da professora Leolinda Daltro, alcunhada de “a mulher diabo” pelos seus inimigos. Daltro, sem se importar com a oposição, ao lado de suas alunas da Escola Orsina da Fonseca, utilizava inúmeras maneiras para chamar atenção, seja na solicitação de audiências com autoridades políticas, seja organizando passeatas.
Outra mulher que se destacou na luta pelo voto feminino foi a bióloga Bertha Lutz, que fundou em 1922 a Federação Brasileira para o Progresso Feminino. Uma característica dessas organizações é que elas não tinham a intenção de bater de frente com os valores sociais tradicionais, mas desejavam a extensão da cidadania política para as mulheres. A visão de mulheres como Bertha Lutz, por exemplo, partia do pressuposto de que nem todas as mulheres podiam votar, “apenas as que fossem instruídas e participassem minimamente dos movimentos em prol da emancipação” (NASCIMENTO, 2008, p. 145). Apenas em 1934 o voto feminino se tornaria uma realidade.
Em meio a esse universo social desigual entre homens e mulheres, o machismo se apresentava de várias maneiras. Nesse sentido, as imagens sobre a República brasileira, com o decorrer dos anos, passou a ser representada, pelos caricaturistas, sob a forma de uma “mulher velha, gorda, megera e desvalorizada”, conforme observou Douglas Josiel Voks (2010, p. 7).
Ilustra bem isso a charge a seguir,

A imagem acima exposta foi capa da revista Careta de 1919, tendo sido assinada por Alfredo Storni. O referido periódico foi criado no ano de 1908, por Jorge Schmidt. Era semanal, circulando aos sábados. Apresentava  uma qualidade gráfica e ilustrativa de muita qualidade. Ao folheá-la é possível notar uma diversidade de conteúdos distribuídos em notícias, crônicas, piadas, poesias, colunismo social e outros.
Na ilustração, vê-se um vendedor tentando negociar uma fantasia de palhaço para a “Política Nacional”, que é representada como uma matrona feia, corpulenta e sisuda. O vendedor indaga: “A senhora quererá ficar com essa roupa de palhaço?” (Revista Careta, março de 1919).
A crítica bem humorada da revista deu-se em um contexto de desilusão de muitos contemporâneos com a tão almejada República, que, por sinal, já não era mais a dos sonhos. Talvez pelo fato de o regime republicano não ter implementado as reformas instituições e sociais necessárias para que houvesse uma transformação na vida das pessoas. Condição que não difere muito dos atuais.
No fundo da imagem, nota-se um policial enquadrando um homem.  Não custa recordar que o período de produção da revista (março de 1919) coincide com o governo interino do vice-presidente Delfim Moreira (15 de novembro de 2018 até 27 de julho de 2019), marcado por distúrbios sociais, como greves seguidas de repressões e prisões, bem como conflitos envolvendo potentados rurais nos rincões do Brasil.
Ainda nessa linha satírica, em “O carro allegorico do Povo” de 1928 (Figura 6), Alfredo Storni representou o povo de palhaço carregando todo o poder executivo. Ao alto, vê-se o então presidente Washington Luís conduzindo a nau do Estado em roldão. Afinal, era carnaval, entre bagunças e desordens, fica evidente nos traços cômicos do chargista o desencanto pela República.


 Figura 6: Revista Careta,18 de fevereiro de 1928. Disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/careta/careta_1928/careta_1928_1026.pdf.

As imagens veiculadas nas revistas O Malho, Careta e Fon-Fon podem ser utilizadas em sala de aula de forma contextualizada. Trata-se de uma documentação preciosa que permite transportar o estudante do século XXI para uma época tão complexa e cheia de especificidades. O propósito é fazer com que os alunos atentem para as múltiplas faces desse passado que pulsa a cada página dos impressos em foco.
Uma sugestão para a utilização dessas revistas pelos aprendentes é dividir a sala em pelo menos três grupos, ficando cada um responsável por uma das revistas. O professor deve delimitar um marco temporal de análise e um tema. Em seguida, solicitar que os grupos investiguem, por exemplo, como cada revista representa ou se reporta à mulher ou a República (nas charges, anúncios, moda, entre outros). Ao final, cada grupo, orientado pela metodologia indicada pelo professor, apresenta o resultado da pesquisa, contextualizando seu objeto e expondo suas impressões a respeito das representações veiculadas no passado sobre um dado aspecto cultural, social ou político, sem deixar de fazer uma ponte com o presente. Assim, trabalhar com charges e caricaturas permitirá uma amplitude de abordagens acerca do momento histórico em questão.


Referências
Lidiana Emidio Justo da Costa é professora da Educação Básica na Escola Cenecista João Régis Amorim-PB. Graduada em História pela Universidade Estadual da Paraíba e Mestra em História pela Universidade Federal da Paraíba. E-mail: leejusto@hotmail.com.
Simone Bezerril Guedes Cardozo é mestre em História pela Universidade Federal da Paraíba. Desenvolve pesquisas sobre atuação de periódicos jornalísticos na Primeira República. E-mail: simone.bezerrill@gmail.com.
Fontes digitais
Revista O Malho, disponível em: http://omalho.casaruibarbosa.gov.br/?lk=2. Acesso em: 8 mar. 2019.
Revista Careta, disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/careta/careta_anos.htm. Acesso em: 8 mar. 2019.
Revista Fon-Fon, disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/fonfon/fonfon_anos.htm . Acesso em: 8 mar. 2019.
Fontes bibliográficas
CARVALHO, José Murilo de. Os três povos da República. Revista USP, São Paulo, n. 59, 2003, p. 96-115. Disponível em: file:///C:/Users/Manass%C3%A9s/Downloads/13279-Texto%20do%20artigo-16252-1-10-20120517%20(2).pdf. Acesso: 8 mar. 2019.
FERREIRA, Vivian Marcello. Moda e condição feminina: O papel da mulher na modernidade carioca. XVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 27 a 31 de julho de 2015, Florianópolis, p. 1-17. Disponível em: http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1434292234_ARQUIVO_ArtigoparaANPUH-VivianMarcelloFerreira.pdf. Acesso: 8 mar. 2019.
FRANQUI, Renata. A presença da Revista Fon-Fon no início do século XX: O processo de modernização do Brasil e a educação feminina. Dissertação de Mestrado. Maringá, 2016.
LESSA, Renato. A invenção republicana: Campos Sales, as bases e a decadência da Primeira República brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro: TopBooks, 1999
LUSTOSA, Isabel. Humor e Política na Primeira República. Dossiê... 100 anos de República, Revista USP, set./out./nov. 1989, p. 53-64. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/25480. Acesso em: 8 mar. 2019.
NASCIMENTO, Uelba Alexandre do. Entre a Casa e o Cabaré: O Feminino (In)Subordinado na Paraíba (1920-1950). In. SOUZA, Antonio Clarindo Barbosa de (org.). História da Paraíba. Campina Grande: EDUFCG, 2008, p. 143- 156.
OLIVEIRA, Cecilia Helena L. de Salles. Veredas e Labirintos de uma História. Estudos Avançados, n. 32 (92), 2018, p. 343-348. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/146454. Acesso em: 8 mar. 2019.
RIBEIRO, Pedro Krause. O “Povo” na história da charge: Zé Povinho e Zé Povo na imprensa luso-brasileira (1875-1907). Anais do II ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS DA IMAGEM, 12, 13 e 14 de maio de 2009, p. 1037-1046. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/eneimagem/anais/trabalhos/pdf/Ribeiro_Pedro%20Krause.pdf. Acesso em: 8 mar. 2019.
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7 comentários:

  1. Nossa!Parabéns pelo seu trabalho resgatando a memoria das antigas revistas brasileiras.Adorei a relação Historia da Velha Republica com as charges.

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    1. Olá, Benedito Marcos. É sempre bom resgatarmos essas preciosidades. Obgda, pela leitura!

      Lidiana Emidio Justo da Costa/Simone Bezerril Guedes Cardoso

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  2. Lidiana e Simone, parabéns pelo texto. Gostei muito. De fato é um grande desafio tornar o estudo da primeira república atrativo aos estudantes. Vários temas podem ser trabalhados como demonstraram. Tais materiais visuais trazem vários desafios aos professores (as), pois têm que fazer muita pesquisa antes de levarem a proposta aos alunos. Além do preparo convencional há necessidade de uma formação complementar para uma melhor compreensão da linguagem das imagens. O que pensam disto?
    Rogério Pereira de Arruda

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    1. Prezado Rogério Arruda, agradecemos pela leitura do nosso texto.

      Trabalhar, na sala de aula, conteúdos históricos referentes à Primeira República, ou a qualquer outra temática, utilizando charges e caricaturas exige do docente uma familiarização com aspectos metodológicos peculiares a documentos dessa natureza.

      A nossa sugestão é que, primeiramente, se seleciona, dentre os assuntos possíveis em relação a um determinado período histórico, uma abordagem específica. Depois, é fundamental compreender que as imagens não são naturais e sim produzidas. Desse modo, é preciso estar atento aos seguintes aspectos, como consta no texto: ano de produção/autoria; circunstâncias políticas/sociais do período em foco; crítica levantada pela charge/caricatura; examinar como as imagens são distribuídas e interagem com outras narrativas nos suportes que as veiculam, no caso em questão, as revistas.

      Tudo isso imprime ao professor um esforço maior na preparação das aulas, já que precisará de mais tempo para ampliar o número de leituras, sobretudo, de cunho metodológico.

      Esperamos ter respondido sua pergunta. Sucesso!


      Lidiana Emídio Justo da Costa / Simone Bezerril Guedes Cardozo

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  3. Olhem.. gostei muito do texto/proposta de vcs. Parabéns! Já peguei o texto de vcs para referencia uma atividade dos bolsistas de extensão do curso (História/Fafidam/Uece) com turma de 9 ano. Obrigada e Abraço

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    1. Prezada Ivaneide, agradecemos pela leitura e ficamos felizes em saber que o nosso trabalho contribuirá para uma atividade de extensão.

      Sucesso na iniciativa!


      Lidiana Emídio Justo da Costa / Simone Bezerril Guedes Cardozo

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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