MANTENDO A TRADIÇÃO: UMA DISCUSSÃO SOBRE A
UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS TRADICIONAIS NO ENSINO DE HISTÓRIA BASEADA NA
EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Durante a construção do
planejamento das aulas do estágio me deparei com a necessidade da escolha de
uma metodologia a ser utilizada em sala, baseado em minhas observações, acabei
optando pela utilização das aulas expositivas. A escolha dessa metodologia
advém tanto de uma preferência pessoal, experiências docentes anteriores me mostraram
a eficácia de tal metodologia, bem como por essa ser a metodologia mais
frequentemente utilizada pelos educadores, sendo assim, uma metodologia a qual
os alunos já estavam familiarizados.
Essa
a escolha não ficou apenas presa em uma zona de conforto, ou seja, durante todo
o planejamento e mais tarde em sua aplicação, a metodologia foi criticada e
repensada, a fim de construir uma aula mais dinâmica e eficaz. O primeiro passo
foi tentar desconstruir a imagem cristalizada do professor como único ser ativo
dentro da sala de aula, indo contra a ideia do educador-bancário, proposto por
Freire, afinal dentro da sala de aula a construção do conhecimento não é
unidirecional, como aponta Coimbra:
“Compreendo o processo de aprendizagem como um
processo compartilhado entre os sujeitos aprendentes, o conhecimento e suas
relações, a forma de ensinar e a avaliação do processo. Nessa perspectiva,
aprender é muito mais amplo que memorizar, significa construir conhecimento,
estudar e persistir, utilizar a observação ou a experiência, comparar, refletir
sobre as dimensões do conhecimento construído.” (COIMBRA, 2016, P.39)
A
construção do conhecimento não pode ser tomada como unidirecional visto que
essa concepção ignora toda a bagagem cultural e conhecimentos que os alunos
possuem previamente. Essa bagagem, definida por Bourdieu como Habitus, pode ser resumida em todos
aqueles aspectos absorvidos pelos indivíduos em sua convivência e experiência
social. Sendo assim, o professor durante suas aulas deve não só levar em conta
o Habitus, mas também o utilizar como
ferramenta para a construção de conhecimento e no caso da história, como propõe
Rüsen, na formação da consciência histórica.
Além
de levar em conta estas questões, é interessante pensar em estratégias para
quebrar a monotonia e o clima maçante que uma aula expositiva onde somente o
professor fala, e no caso da história, cita acontecimentos, nomes e datas.
Nesse sentido devemos avaliar nossa performance
enquanto docentes. A maneira e a linguagem que o professor expõe os
conteúdos aos alunos afeta diretamente na qualidade da aula produzida. No caso
da metodologia da aula expositiva, o professor deve se utilizar de estratégias
a fim de prender a atenção dos alunos, como aponta Madeira:
“De várias outras maneiras a aula pode ser
aprimorada, tornada dinâmica, atraente, transformada em uma aula rica de
recursos. O professor procura seduzir a plateia com seu palavreado apropriado e
moderno, com timbre de voz cambiante, com alternâncias de posturas de corpo,
com bom-humor e descontração, com apelos à participação da assistência, sem
pressa para encerrar. A boa aula dá vida a ideias que podem estar contidas em
um livro. Vivifica fatos e informações que repousam friamente nas páginas do
livro.”
(MADEIRA, 2015, P.36019)
Partindo
dessa premissa, a utilização destes recursos, sobretudo o humor, em sala de
aula permite o professor dar uma nova roupagem à aula expositiva tradicional. Particularmente,
durante minhas experiências docentes sempre utilizei artifícios como o humor e
a descontração, como formas de prender a atenção dos alunos e até mesmo
facilitar a memorização dos conteúdos.
No entanto, devemos utilizar essas quebras na aula
de forma consciente, respeitando limites, para não constranger nenhum dos
alunos, e sem excessos, afinal essa prática pode surtir efeito contrário e
fazer com que os alunos se dispersem ainda mais. E não devemos esquecer o
principal foco da aula: ensinar, como lembra Madeira, de forma bem-humorada:
“[...] aula não é show de entretenimento, mas
também não é velório. Melhor que seja alegre do que triste. Mas, fazer cena
enquanto se ensina é bom; fazer cena sem ensinar é péssimo.” (MADEIRA, 2015, P.36019)
Durante a fase do planejamento foi também escolhida
a metodologia de avaliação e as atividades que seriam aplicadas aos alunos. As atividades
avaliativas, seja em um ambiente de aprendizado acadêmico como o estágio, ou na
prática profissional da docência, não são somente instrumentos que avaliam o
aproveitamento dos alunos, mas também a eficácia das estratégias utilizadas
pelo professor durante as aulas.
A primeira modalidade de atividade proposta no
planejamento foi uma avaliação escrita. A principal ideia dessa proposta é
avaliar a capacidade de escrita dos alunos, bem como a fixação dos conteúdos.
Assim como a metodologia da aula expositiva, a escolha desse tipo de avaliação
está diretamente vinculada com o fato desta ser a metodologia avaliativa a qual
os alunos estão mais acostumados.
A aplicação da avaliação descritiva (ou prova
escrita) é uma prática tradicional, que devido a sua extensa utilização durante
o tempo e seus métodos antiquados, vem sofrendo de críticas. A primeira crítica
ao método e uma das principais questões a ser levada em conta durante a
utilização são seus critérios. A proposta da avaliação aplicada no estágio
tinha como principal intuito avaliar a escrita, conhecimentos e a cognição dos
alunos sobre o tema.
Desse modo as avaliações deixam de lado as
perguntas antiquadas sobre história, que se limitam apenas em indagar o aluno
sobre datas, nomes e acontecimentos, que remetem a educação bancária criticada
por Freire, e dando lugar a questões que provocam o aluno a pensar criticamente
sobre o tema, e produzir respostas que remetam aos processos e contextos
históricos do tema em estudo.
Além das alterações nas questões, estas avaliações
contam com alterações em seu modo de resolução. Deixando de lado a maneira
tradicional de avaliação, que segundo Bourdieu gera uma violência simbólica, a
resolução destas atividades também sofre alterações, quebrando aquela ideia da
prova individual, onde todos desenvolvem suas respostas em silêncio e que deixa
a sala e todos em um clima de tensão, dando lugar a um novo modelo de
resolução, onde os alunos podem consultar as anotações e o material didático,
além da possibilidade de resolver os exercícios dialogando com os colegas.
Além da avaliação escrita, que foi aplicada nas
duas turmas, uma segunda atividade foi pensada para cada um dos contextos. Para
o sétimo ano, onde no caso o conteúdo trabalhado foi o início da colonização
brasileira, a atividade proposta foi a elaboração de uma história em quadrinhos.
Dentro dessa proposta, a principal ideia norteadora
é o conceito de representação de Chartier. Em uma explicação rápida, Chartier
propõe que ao reconstruir ou relatar o passado, ou algum acontecimento,
principalmente através da escrita e das imagens, cada indivíduo irá construir
uma imagem própria e quase que subjetiva do acontecimento narrado.
Baseado nisso, foi proposto aos alunos que
produzissem histórias em quadrinhos que mostrassem os primeiros contatos dos
portugueses com os nativos brasileiros, bem como os primeiros anos da
colonização. Além da reflexão acerca de como estes alunos representaram o
episódio, outras competências podem ser analisadas como a criatividade e a
compreensão do conteúdo.
Para o ensino médio, onde o conteúdo aplicado foi a
colonização e independência dos Estados Unidos, a atividade se baseou em um
debate a cerca de produção de leis. Como propõe Rüsen, a consciência histórica
deve permitir aos alunos que compreendam os processos históricos e não se
limitem a apenas conhece-los. A partir disso, a proposta de atividade foi um
debate, onde a sala foi dividida em grupos, onde cada um representava uma
classe pertencente a sociedade norte americana da época, que então criaria leis
de acordo com seus interesses, para o país no contexto do pós-independência.
A partir dessa atividade buscava-se que os alunos
compreendessem como em um contexto de criação de uma nação, as elites se reúnem
e criam conjuntos de leis, que geralmente favorecem seus semelhantes, deixando
de lado as classes mais baixas e marginalizadas. Apesar da atividade partir do
contexto norte americano, esse processo de criação das leis pode ser encontrado
em muitos outros contextos de pós-independência de diversos países.
Aplicação
das Aulas
Apesar de as aulas terem atingido seus objetivos,
em sua aplicação houveram algumas dificuldades. A primeira delas que posso
destacar é a questão da linguagem. Uma das principais discussões da didática da
história proposta por Rüsen, é como os professores transmitem o conhecimento
científico para os alunos, ou seja, criar uma ponte entre as obras e produções
do meio acadêmico com a sala de aula. Nesse sentido, principalmente no caso do
7º ano, durante as explicações, adequar a linguagem aos alunos, a fim de
permitir a compreensão de conceitos mais complexos acaba sendo um tanto quanto
desafiador.
Além da adequação da linguagem, outra dificuldade
enfrentada era a conversa paralela. A conversa paralela, junto às explicações,
pela minha ótica, por vezes não é totalmente prejudicial, visto que a concepção
de que a escola é somente um ambiente de difusão de conhecimento já foi deixada
de lado, dando lugar a ideia de que a escola é acima de tudo um espaço de
socialização.
Partindo desse princípio, durante as aulas, adotei
uma posição não tão autoritária, permitindo essas interações entre os alunos,
porém em alguns momentos, estas conversas saiam do controle e acabavam
atrapalhando as explicações e por vezes necessitando que a explicação fosse
parada para pedir que os alunos fizessem silêncio e voltassem a prestar
atenção. A dispersão dos alunos também foi uma dificuldade, por vezes
comentários e perguntas acabavam fugindo ao tema, fazendo com que o foco da
discussão acabasse indo por outro caminho.
Apesar de ser referido acima como uma dificuldade,
por vezes a discussão, ao entrar em outros caminhos e temas que partiram dos
alunos, acabou sendo benéfica para a aula. Um bom exemplo disso aconteceu na
aula em que o assunto eram os contatos dos indígenas, e então a partir de uma pergunta
de um aluno foi levantada a questão da antropofagia. Essa demanda dos alunos
logo acarretou em uma discussão que não estava presente no planejamento, porém,
acabou envolvendo quase toda a sala, com os mais diversos comentários e
questionamentos sobre o tema.
Essa experiência com a contribuição dos alunos na
construção da aula, serve como bom exemplo da importância do diálogo dentro da
sala de aula que é proposto por Freire. Afinal, esse “desvio” do tema da aula,
ou “improviso”, se mostrou como um dos momento em que melhor se desenvolveu o
debate, além de uma melhor inserção dos alunos no processo de produção de
conhecimento, sem contar o fato de ser um momento onde os alunos mais prestaram
atenção no conteúdo e no debate proposto.
As aulas no 2º ano do ensino médio também
transcorreram sem muitas dificuldades. Os alunos foram participativos e
colaboradores durante a exposição dos conteúdos. Diferente do 7º ano, adequar a
linguagem e explicar conceitos mais complexos aos alunos do Ensino Médio não trouxe
muita dificuldade, isso se deve a esses alunos já terem uma base de
conhecimentos científicos maior, devido ao fato de já estarem frequentando a
escola por mais tempo.
Sobre os alunos do segundo ano, um ponto positivo a
destacar era um pensamento crítico de certe forma já construído. Embora poucas
exceções, grande parte dos alunos se mostraram interessados e participaram das
aulas fazendo perguntas e comentários pertinentes que contribuíram de forma
positiva na aula.
Assim como no 7º ano do Ensino Fundamental, no 2º
ano do Ensino Médio a conversa paralela também trouxe problema em algumas
aulas. Diferente dos alunos do fundamental onde por vezes o volume da conversa
aumenta a ponto de atrapalhar a explicação dos conteúdos, no ensino médio as
conversas se resumem em cochichos em voz baixa, o que não prejudica diretamente
o professor durante a exposição, porém, dispersa os envolvidos na conversação e
os colegas próximos.
As
Atividades
As atividades foram realizadas sem muita
dificuldade, tanto os alunos do fundamental, como os do médio compreenderam as
propostas e produziram resultados satisfatórios. Durante a avaliação escrita,
modalidade de avaliação empregada nas duas séries, como proposto no
planejamento e já abordado anteriormente, foi adotada uma postura onde a
avaliação foi realizada com a possibilidade de os alunos consultarem suas
anotações, o material didático entregue pelo professor e ainda com abertura
para dialogar com os colegas durante a formação das repostas.
Apesar dessas alterações no modo de aplicação da
atividade e o distanciamento da avaliação das provas tradicionais ter alcançado
o seu intuito, que era não construir um ambiente tenso e até mesmo autoritário,
no qual predomina o que Bourdieu chama de violência simbólica, durante as
correções foi possível perceber alguns problemas.
O primeiro deles é que de certa forma dar essa
liberdade aos alunos durante a resolução das atividades, parece tirar um pouco
da importância e seriedade da avaliação, a ponto de em alguns momentos os alunos
perderem o controle e começarem a levantar, falar alto e se dispersar. Por
exemplo, se utilizássemos o mesmo questionário, porém proibíssemos os alunos de
consultar o material, de dialogar com os colegas, ou seja, aplicássemos em um
regime tradicional de prova, isso evocaria nos alunos uma ideia de maior
seriedade e importância de tal avaliação.
Outro problema, presente tanto nas avaliações do
fundamental quanto nas do médio, foi a cópia. De modo geral, poucos alunos
construíram uma narrativa e um raciocínio próprio nas respostas das questões,
muito do que se viu foi somente a reprodução do que estava escrito nos
materiais didáticos ou no que foi passado no quadro durante as aulas.
Ainda pensando nas respostas dos alunos, é
interessante chamar atenção para outro ponto é a maneira em que alguns
relataram suas ideias nas respostas. Seffner (2000) o professor em sua prática
docente deve fazer com que o aluno seja capaz de ler (tanto textos e fontes,
como o mundo ao seu redor), analisar e produzir uma escrita que relate suas
análises.
Nesse sentido, em uma das situações presentes na
resposta de um aluno do Ensino Médio, ao ser indagado sobre os motivos que
levaram as 13 colônias norte americanas a buscar a independência respondeu “Por
que os colonos estavam de saco cheio dos impostos e das leis da Inglaterra”.
A partir dessa resposta podemos perceber alguns
pontos. A principio o aluno conseguiu desenvolver as capacidades de compreender
a questão, buscar nos conteúdos apresentados a resposta para o problema e
produzir um raciocínio, que compreendeu o contexto das 13 colônias e como isso
acarretou no ato da independência. Porém, no momento em que o resultado de seu
raciocínio foi escrito, a maneira em que a resposta foi redigida, foi puramente
baseada em uma linguagem e termos orais e coloquiais.
Passando agora para uma análise das outras
atividades, estas não tão tradicionais como a avaliação escrita, mostraram
contribuir muito positivamente dentro do ambiente avaliativo bem como na
produção de conhecimento.
Como proposta os alunos deveriam retratar o tema
estudado, no caso as relações entre os nativos brasileiros com os portugueses
nos primeiros anos de colonização, no período chamado de pré-colonial. Essa
atividade de certa forma dá uma abertura maior aos alunos, no sentido em que a
proposta não se baseia em avaliar a atividade a partir de um critério onde
existe certo ou errado.
Além disso, ao utilizar esse modo de avaliação que
foge ao tradicional, é possível tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas aos
alunos, bem como desenvolver outras competências que não estão somente ligadas
à leitura e escrita. As narrativas contavam histórias de como aconteciam as
trocas materiais e imateriais entre os indivíduos, e estavam baseadas no
material didático e nos conteúdos já trabalhados.
A avaliação destes trabalhos se pautava
principalmente na criatividade e dedicação do aluno ao produzir a história. De
modo geral, todos conseguiram atingir bons resultados e produzir bons trabalhos
atendendo a proposta da atividade.
No ensino médio a segunda atividade proposta foi um
debate sobre a produção das leis. A ideia inicial era de que os alunos seriam
divididos em seis grupos, onde cada um representaria uma classe da população
das 13 colônias, e então a partir disso debateriam como se fossem a assembleia
responsável por definir as leis do novo país que acabara de nascer.
Porém, por conta do tempo foi necessário fazer
algumas alterações na proposta da atividade no momento em que esta foi
aplicada. A principal alteração feita foi a retirada do debate, por uma questão
de tempo, substituindo para um trabalho em grupo, onde cada um deveria
desenvolver no mínimo cinco novas leis para o país de acordo com o grupo social
que representavam e ao final da aula entrega-las ao professor.
De todas as atividades proposta aos alunos, esta
foi a mais complexa, foi necessário um acompanhamento do professor durante a
produção da atividade, para explicar de maneira mais detalhada o contexto de
cada grupo social e sanar várias dúvidas geradas durante o processo.
Apesar desta atividade ter requerido um esforço a
mais por parte dos alunos durante a resolução, os resultados foram muito
positivos. Em todos os grupos pode se perceber a compreensão da proposta, do
conteúdo e o desenvolvimento de uma consciência história, além de uma interessante
criatividade.
Considerações
Finais
As
atividades e conteúdos propostos foram aplicados de forma plena, permitindo um
bom aproveitamento dos alunos, bem como uma importante experiência para o
estagiário. Não devo deixar de fazer uma autocrítica perante a prática do
estágio, embora os resultados tenham sido positivos, vários problemas acabaram
interferindo para que as aulas não fossem realizadas de uma melhor forma.
Primeiramente chamo atenção para a questão da
indisciplina. Esta não como um conceito mais profundo como propõe Aquino, onde
os alunos quebram as regras como uma forma insubordinação e protesto ao modelo.
Mas como episódios onde o professor, em uma tentativa de romper a ideia de ser
uma figura autoritária acaba perdendo um pouco de sua autoridade perante os
alunos, e como consequência acaba por vezes perdendo o controle da turma a
ponto de que os alunos se dispersem ou acabem desenvolvendo outras pequenas
indisciplinas, como por exemplo as conversas paralelas, que acabam atrapalhando
a explicação.
Outro ponto, embora ainda que isso seja feito junto
com uma reflexão que busca repaginar e atualizar as práticas, as aulas ainda
foram muito pautadas em metodologias tradicionais e consideradas quase que
antiquadas dentro das discussões pedagógicas.
Referências
Ramon Gustavo Becker é acadêmico do 4º ano do curso
de licenciatura em História da UNESPAR Campus União da Vitória.
AQUINO,
Júlio Groppa. A indisciplina e a
escola atual. Revista Faculdade de Educação, São Paulo, v.24, n.2,
p.l81-204, jul./dez. 1998.
BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. 16ª ed. Petrópolis, Editora Vozes. 2017.
COIMBRA, Camila L. A Aula
Expositiva Dialogada em uma perspectiva Freireana. In: Congresso Nacional de
Formação de Professores (CNFP) e XIII Congresso Estadual Paulista sobre
Formação de Educadores (CEPFE), III, 2016.
CHARTIER, Roger. O mundo
como representação. Estud. av. vol.5 no.11 São Paulo Jan./Apr. 1991.
FREIRE, Paulo. Pedagogia
do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1987.
MADEIRA, Miguel C. Situações
em que a Aula Expositiva ganha Eficácia. In: EDUCERE, Congresso
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RÜSEN, Jörn. Didática
da História: passado, presente e
perspectivas a partir do caso alemão.
Práxis Educativa. Ponta Grossa, PR. v. 1, n. 2, p. 07 – 16, jul.-dez.
2006.
RÜSEN, Jörn.
Como dar sentido ao passado: questões relevantes de
meta-história. História da Historiografia, Ouro Preto-MG, nº 02,
Março/2009.
SEFNER, Fernando. Teoria, metodologia e ensino de História. In: Questões de Teoria e
Metodologia da História. Porto Alegre, Edit. da Universidade UFRGS, 2000, p.
257-288.
Pertinente discussão sobre metodologias de ensino. Acredito que o debate sobre a utilização de metodologias tradicionais muitas vezes acaba por desmerece-las, contudo, elas possuíram e ainda possuem importância no ambiente escolar, no sentido que existem diversas situações de aprendizagem, exigindo metodologias também diversas. Nesse sentido, percebe-se no seu relato a princípio uma defesa de metodologias tradicionais como a aula expositiva e a avaliação escrita e sua ação de deixá-las mais 'atraentes' aos alunos, contudo, no decorrer do relato da experiência docente no estágio, foram apontadas as dificuldades encontradas e a com maior ênfase foram as conversas paralelas e consequentemente um desvio de atenção dos alunos, quanto a isso tenho a seguinte questão: a distração dos alunos não advém justamente por conta do uso de uma metodologia expositiva? Outro questionamento é, a partir de suas experiências e aprendizados obtidos por meio do estágio e do contato com a sala de aula, utilizaria as mesmas metodologias em outra oportunidade?
ResponderExcluirIsabelly Pietrzaki Pereira
Boa tarde agradeço pela leitura e pelo comentário.
ExcluirRespondendo sua pergunta, acredito que parte da distração dos alunos tenha advindo da utilização da metodologia expositiva, já que mesmo eu tenha buscado maneiras de tornar as aulas mais 'atraentes' e de trazer as ideias e demandas dos alunos, em vários momentos a aula ficou em torno da figura do professor. Sobre a utilização desta metodologia em experiências futuras, acho que com certeza voltarei a utiliza-la, porém, aliando a prática com uma reflexão, para sempre melhorar a prática e a experiência como docente. Espero ter respondido sua pergunta.
Att. Ramon Gustavo Becker
Olá Ramon, gostei do seu texto. Gostaria de saber sobre os resultados da atividade com os quadrinhos. Como foi a experiência dessa dinâmica em sala de aula?
ResponderExcluirAna Paula Bührer Gonçalves
Olá Ana, agradeço a leitura e o comentário.
ExcluirA dinâmica da história em quadrinhos produziu resultados muito interessantes, no sentido em que os alunos demonstraram ter compreendido o processo de trocas entre os indígenas e os europeus, e em alguns casos até trazendo representações de trocas culturais, como por exemplo em relação a antropofagia e os costumes. De modo geral os resultados foram extremamente positivos e os alunos atenderam à proposta com bastante interesse e dedicação. Espero ter respondido sua pergunta.
Att. Ramon Gustavo Becker.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns pelo texto
ResponderExcluirEm certo momento você cita as conversas paralelas que ocorreram no decorrer de sua experiência em sala de aula, apesar de sua adequação de linguagem aquela determinada turma.
Na sua opiniao e baseado na sua experiência, voce considera que o uso de diferentes dinamicas acabam gerando inicialmente uma dispersão dos alunos? Ou apenas seria natural a turma (levando em consideração o ano em que estavam)?
Suelem Cristina de Abreu
Olá Suelem, agradeço pela leitura e pelo comentário.
ExcluirPelo que percebi o uso de diferentes dinâmicas e/ou linguagens em um primeiro momento acabam sim por dispersar um pouco da atenção dos alunos. Pois por vezes percebia que ao fazer uma piada, utilizar uma gíria ou palavra mais coloquial, gerava comentários entre os alunos justamente por quebrar esse padrão de linguagem ao qual estão acostumados. Sinceramente, baseado em minhas experiências, percebi uma mesma reação em diferentes anos do ensino fundamental e médio, então não posso afirmar com certeza se a faixa etária interfere diretamente na reação dos alunos perante a mudança. Espero ter respondido sua pergunta.
Att. Ramon Gustavo Becker