Carlos Eduardo da Costa Campos


ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA ROMANA E AMBIENTES VIRTUAIS COM TEMAS HISTÓRICOS: ALGUNS RECURSOS DISPONÍVEIS PARA O USO DE TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA


Introdução
Pensar o Ensino de História Antiga é um ato reflexivo, que exige contextualização e sensibilidade para gerar resultados no campo educacional do Brasil. Logo, o uso dos Ambientes Virtuais é essencial para a produção de um saber ativo, que seja capaz de envolver os discentes. Assim, apresentaremos um levantamento das bases digitais que podem ser utilizadas em sala de aula para os conteúdos de Roma Antiga. Com isso, espera-se possibilitar uma postura social que valorize e instigue o gosto pelo aprendizado de História, em nossa atualidade, pois se em colégios, universidades e outros espaços sociais – mídia, jornais, rodas de amigos etc. – são buscados caminhos para a renovação do sistema de Educação, em outros espaços se procura suprimir a função social da História, como vimos nos debates da BNCC de 2017 para o Ensino Médio. Portanto, isso serve de incentivo aos docentes e a sociedade para a problematização da importância de se educar os jovens para a cidadania e a diversidade, em épocas de obscurantismo e retrocesso social.

História Antiga e Ensino de História
Pesquisadores brasileiros como Hilário Franco Júnior [1987], Norberto Luiz Guarinello [2003], Pedro Paulo Funari [2004], Glaydson Silva [2007], Ana Lúcia Santos Coelho e Ygor K. Belchior [2017] já demonstraram a relevância social que a História Antiga possui na sociedade brasileira. As conexões políticas e linguísticas, as apropriações por jogos e filmes, as práticas culturais alimentares e religiosas estão por todos os lados. Do nascimento à morte, elementos desses mundos perpassaram e transformaram-se em cerimônias efetuadas pela atualidade. Seja na ingestão do pão e do azeite, na televisão, nos jogos, Hqs ou na arte tumular essa Antiguidade integra a formação de nossa consciência histórica.

Cabe mencionar que a História Antiga intriga, tensiona e gera conflitos entre os pesquisadores justamente por sua dinâmica e possibilidades de análises sociais. Para Norbert Rouland [1997, p. 146] e Ryan Balot [2009, p. 146], o estudo sobre o pensamento político e social clássico é um instrumento de reflexão para os pesquisadores e discentes contemporâneos, por possibilitar o alargamento de visões sobre aspectos antropológicos do cenário atual. Vale ressaltar que as pesquisas sobre esse vasto Mundo Antigo nos permitem tecer uma pluralidade de perspectivas no que tange ao próprio papel humano no meio social, tanto na Antiguidade, quanto nos dias de hoje.

Desse modo, a História Antiga integra a função básica do Ensino de História que não consiste apenas em inserir o educando no mercado de trabalho, mas, sim, formar cidadãos críticos, reflexivos e capazes de serem autores da história de sua própria vida, com atitudes filosóficas para a realidade que lhe é imposta, assim tendo uma ação contrária aos interesses exploratórios atuais. É possível notar que os PCNs explicitam o perfil de Ensino Médio e Fundamental que eles desejam para a sociedade. Tanto que (Brasil, 1998, p. 21-23) e a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), no art. 35, incisos I a IV vemos que o ensino deve: “[...] aprimorar o educando como pessoa humana; possibilitar o prosseguimento de estudos; garantir a preparação básica para o trabalho e a cidadania; dotar o educando de instrumentos que lhe permitam continuar aprendendo”. A visão dos PCNs se diferencia da Lei n.º 5.692/71, que propunha para o antigo segundo grau, apenas duas funções principais: “[...] o prosseguimento dos estudos e a habilitação para o exercício de uma profissão técnica”. Assim, os PCNs buscaram romper com uma visão tecnicista de ensino, na procura por uma construção crítica do ser humano. Atrelamos essa reflexão às políticas universitárias de formação de professores de História e ao papel social da História na transformação da sociedade, em prol de uma democratização do saber e da construção de um mundo menos desigual.

Entretanto, devemos superar e adaptar a postura curricular que se preocupa, então, em ensinar um grupo de informações de forma quantitativa para os discentes, com o intuito de completar os estágios de formação e efetuarem as provas do ENEM. Afinal, em sala de aula encontramos modos de vida que, por vezes, se estranham, se combinam e criam novas visões de mundo. Para Rüsen [2007, p. 13], nenhum saber histórico é amorfo. O saber histórico desempenha sempre funções na vida cultural do tempo presente. Forma e função são essenciais ao trabalho do historiador. É mesmo em sua forma e em suas funções que o saber histórico se completa. Somente nelas é que ele toma vida, ou seja, a história precisa de aproximação, reflexão e praticidade no cotidiano. Essas premissas, portanto, são muito úteis para os desafios do Ensino de História Antiga.

Em alguns casos, os estudantes passam horas utilizando games com gráficos extremamente realistas e som surround, conversam em chats com os colegas sobre o assunto, mas, ao adentrar a sala de aula, não conseguem relacionar o conteúdo do jogo ou Hq que foi lida com uma avaliação de História, composta por questões de múltipla escolha e uma redação a partir da leitura de capítulos do livro didático. Ao ponderar sobre as dificuldades elencadas, não seria forçoso precisar que essa relação admite aquilo que alguns filósofos taxaram como hiper-realidade, ou seja, quando a “realidade da representação” é tão intensa e coerente que o indivíduo encontra dificuldades para contemplar o próprio “real”; ou ainda é crível considerar tal situação no escopo das reflexões koselleckianas do “campo de experiência” e “horizonte de expectativas”, isto é, na profunda tensão da constante reescrita e ressignificação da História ao considerar o passado, o presente e o futuro.

Ao nosso ver, para tentar dirimir o problema, cabe ao professor, que também é um pesquisador, sair de sua “torre de marfim” e fazer valer as percepções Rüsen, produzindo um processo de relativização, contextualização e interação com essa hiper-realidade fomentada. Segundo Rüsen [2007, p. 100], todo conhecimento histórico é elaborado por uma relação com o presente, na interpretação de cada elemento do passado que foi revisitado. A partir dessa relação, o saber histórico organiza-se em direção à função formativa da pesquisa e do ensino, isto é, uma relação que envolve a prática. É nela e com ela que fica clara e discutível a construção do saber histórico-científico e escolar, sem hierarquizações.

Nesse sentido, os estudantes do sexto ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio, períodos nos quais são trabalhados os conteúdos sobre História Antiga, devem ser levados a problematizarem as várias manifestações culturais que lhes são expostas sobre a Antiguidade, a qual se apresenta pelos materiais didáticos como distante da sua realidade social. Logo, por meio de uma construção ativa do saber, devemos gerar reflexões que possibilitem conhecer experiências sobre o outro para refletirmos sobre nós e nossa época.

Aprender a História de outras culturas, auxilia o desenvolvimento cognitivo sobre o que somos e, sobretudo, faz com que se conheça diversas experiências humanas e formas de viver. Portanto, o Ensino de História Antiga deve consistir na produção do saber de forma criativa e que valorize a diversidade social, assim combatendo posturas preconceituosas, pois a sala de aula é o espaço da interação sociocultural e não de um tribunal que julga as experiências do outro a partir das suas próprias referências. Nesse sentido, pensar os conceitos como ditadura, senado, república, império, imperador, príncipe e outros ajuda a verificar que as palavras se modificam em seus usos com o passar dos tempos, apesar das apropriações de nossa época. Refletir sobre o passado é uma forma de alargar nossos horizontes de pensamento, pois “saber é poder”.

Ensino de História e Tecnologias de Informação e Comunicação
Os pressupostos que apresentamos acima impõem aos professores de História um importante problema: como levar os estudantes a perceberem os vínculos entre a História Antiga que lhes é ensinada, sua realidade histórica e/ ou sua situação no tempo presente, considerando o tempo histórico como um acúmulo de diferenças? Esse problema decorre de uma inquietação que tem sido recorrente na atividade de professores e pesquisadores, que se resume na discussão dos objetivos sociais do ensino de História. Ou seja, na consecução dos objetivos históricos do ensino dessa disciplina, qual seja o de fazer do ensino um espaço de construção de uma subjetividade cidadã.

Nota-se que o PCN pretende que o aluno seja o agente principal de seu conhecimento, sem desvalorizar o papel do professor [BRASIL. MEC. PCN, 2000]. Assim, a perspectiva de construção de um saber com base na compreensão de que a educação escolar não se limita a fazer uma seleção entre o que há disponível da cultura em um dado momento histórico, mas tem por função tornar os saberes ensinados efetivamente transmissíveis e assimiláveis. Para isso, exige-se um trabalho de reorganização, reestruturação ou de mediação didática que dá origem a configurações cognitivas tipicamente escolares, capazes de compor uma cultura escolar sui generis, com marcas que transcendem os limites da escola [MONTEIRO, 2003]. Nesse sentido, o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) são essenciais para o aprendizado.

Francisco Imbérnom [2010] explica que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) formam um emaranhado de recursos tecnológicos, que possibilitam informar ou comunicar vários tipos de mensagens em diversos ambientes, desde a área financeira até a sala de aula. Pode-se dizer que a principal responsável pelo crescimento e potencialização da utilização das TICs em diversos campos foi a popularização da Internet, a qual foi inserida pelos desktops e hoje estão na palma da mão das pessoas pelos smartphones. Na perspectiva de Moran [2012. p.32], essas TICs fazem parte do aprendizado informal e podem ser adaptáveis para a construção de saber, pois uma criança, hoje, é formada por meio de recursos midiáticos, seja a televisão ou os tabletes. Nesse mundo midiático, o jovem aprende a buscar informações, bem como tirar suas dúvidas conhecendo outros mundos e vivendo emoções. Assim, o contato com esse mundo tecnológico seria prazeroso, atrativo e relacionado com a exploração sensorial.

No caso do ensino, torna-se necessário o uso desses recursos que são próximos da realidade do discente e cabendo ao professor mediar a construção do saber. Entretanto, também precisamos estar atentos a respeito de como adaptar didaticamente esse recurso computacional em conformidade com os conteúdos curriculares. Não se trata de apenas apresentar um recurso, mas de construir um aprendizado eficaz e instigante junto aos discentes com o apoio tecnológico. Nessa perspectiva, o processo de ensino-aprendizagem precisa ser modificado efetivamente, pois o conhecimento histórico passa a ter como base as experiências discentes e os professores atuam como mediadores nessa elaboração do saber histórico escolar [FONSECA, 2003; KNAUSS, 1996]. Afinal, cada vez mais as escolas estão sendo informatizadas, cientes de que esse processo é desigual no Brasil e, apesar das dificuldades que vemos em muitos locais, há recursos didáticos que podem ser elaborados com um computador e um projetor, sendo que é possível explorar cidades e sociedades da Antiguidade.

Ensino de História e Ambientes Virtuais para Aprendizagem Histórica
Pierre Lévy [1999] é um dos pioneiros na reflexão sobre esse debate, com a Cibercultura. O conceito vincula-se à construção e interação de conhecimentos que tomam as tecnologias virtuais como sua base. Tal processo é adaptável conforme as necessidades socioculturais de cada contexto e possui diversas áreas. Ao tomarmos Romero Tori [2010] como base de nossas reflexões, percebemos que os Ambientes Virtuais Tridimensionais elaboram um universo que possibilita compartilhar experiências e vivenciar outra realidade, como no caso do jogo Second Life. Masahiro Mori [1970, p. 33 – 35] aponta que há uma preocupação tecnológica com a construção de elementos que se assimilem ao real, em muitos casos, até buscando superar os problemas de nossa realidade. Essas medidas geram uma afinidade com a tecnologia. Entretanto, tal proximidade com o real também pode gerar desconforto, como é o caso do ambiente virtual do Second Life, o qual produz uma hiper-realidade que encanta e fascina, bem como gera estranhamentos, conflitos e reflexões sobre qual vida seria real para o usuário. Questões para análises em outra oportunidade.

Interessa-nos pensar sobre os Ambientes Virtuais Tridimensionais que são conectados com propostas de Aprendizagem Histórica. Logo, buscamos ambientes virtuais que não se limitem em catalogar materiais didáticos. Desse modo, procuramos sites que proporcionem aprendizado a partir da interatividade, mediante recursos digitais para navegação, assim, elaborando um aprendizado eficaz e criativo com o aluno. Temos como visão que os Ambientes Virtuais Tridimensionais possibilitam aos docentes mediar, a partir de um planejamento, a experiência do discente dentro de uma realidade virtual que retrate o conteúdo a ser refletido [SOUZA, 2012; MACIEL, BACKIES, 2012].

Tais tecnologias interativas fazem parte do cotidiano das pessoas, pois nossos alunos, em boa medida, já nasceram em uma cultura tecnológica. Tori argumenta que, para além dos benefícios educacionais, o uso da tecnologia em sala de aula é uma demanda da realidade discente [2010, p. 5]. Os Ambientes Virtuais Tridimensionais são importantes pela interatividade que o aluno elabora em seu processo de aprendizagem. Por interatividade, Tori compreende a “[...] percepção da capacidade, ou potencial, de interação propiciada por determinado sistema ou atividade” [2010, p. 5]. Assim, o autor explicita a “[...] interatividade como uma propriedade do ambiente, tecnologia, sistema ou atividade” [2010, p. 5]. Alex Martire avalia que essa interatividade pode ser feita nos ambientes virtuais por meio de extensões como o corpo do usuário e recursos digitais:“[...] teclado, mouse, gamepad, sensores de movimento [2017, p. 35]. Martire complementa que “No momento da interação, então, existe uma simbiose entre homem e máquina” [2017, p. 35]. Segundo Martire, as ações produzidas por tais dispositivos físicos são decodificadas e depois “[...] apresentadas na tela (ou capacete) em forma de reação: uma constante retroalimentação (feedback)” [2017, p. 35]. Ou seja, há várias possibilidades para a interatividade do discente no processo de aprendizado e que vão envolver o mesmo nessa atividade.

Destaco para a área de História Antiga Romana os projetos desenvolvidos no Brasil por intermédio dos pesquisadores do Laboratório de Arqueologia Provincial (LARP / USP), sob coordenação da Profa. Dra. Maria Isabel Fleming e do Prof. Dr. Vagner Porto. Há várias possibilidades de estudos que podem ser elaborados com os discentes, pois, no campo da interatividade 3D, foram desenvolvidos os seguintes aplicativos e jogos: Domus, o qual possibilita aos discentes conhecerem os espaços das antigas casas romanas e que conta com textos explicativos; Vipasca Antiga, que leva o discente a partir do seu computador a navegar por uma antiga área de mineração romana, que hoje é conhecida como Aljustrel, em Portugal; O Último Banquete em Herculano, que é um jogo com o cenário histórico de Herculano, até a época da erupção do vulcão Vesúvio, no ano de 79 d.C. Tais atividades e outros recursos desenvolvidos pelo laboratório que podem ser conhecidos por intermédio do link http://www.larp.mae.usp.br e clicando em interatividade 3d. O material está disponível em língua portuguesa e é de fácil acesso para todos. Em suas descrições, notamos que o objetivo do LARP é democratizar o saber científico a partir das atividades voltadas para a construção do saber histórico escolar. Elemento que cumpre o seu papel e possibilita ao usuário conhecer tais sociedades.

Outro site que podemos destacar para a experiência dos estudantes seria a Reconstrução em 3d do Mausoléu de Augusto. Todavia, vale salientar que o texto está em italiano e inglês. Com isso, advertimos que a barreira linguística pode parecer um problema inicial, que pode ser sanado por um projeto interdisciplinar com apoio de um docente da disciplina de língua inglesa, ou contando com o saber do próprio docente de História e um aluno para, assim, formar uma aprendizagem colaborativa. Esse monumento é um dos mais significativos de Roma e foi construído há mais de dois mil anos. A sua restauração virtual foi financiada pela Fondazione TIM e fornece uma jornada interativa que foi dividida em doze capítulos. Cada fase é representada por um símbolo e conta a história de Roma e do princeps Caio Júlio César Otaviano Augusto (63 a.C. – 14 d.C.), filho adotivo de Júlio César e responsável por diversas transformações políticas e sociais no Império Romano. No site, vemos textos explicativos e imagens que apresentam informações que vão do nascimento até a morte de Augusto, bem como o legado de seu governo para a história do mundo ocidental. O site do Mausoléu pode ser acessado a partir do link http://www.mausoleodiaugusto.it/en/ e o ambiente virtual pelo ícone experience que segue http://experience.mausoleodiaugusto.it/en/intro.

Um interessante trabalho que pode ser visitado virtualmente pelos discentes também é a Galeria Uffizi, em Florença. No seu site, é possível observar e interagir com a coleção da galeria a partir do clique com o mouse. Tal projeto foi uma colaboração entre a galeria e a Universidade de Indiana, a qual digitalizou uma coleção de mais de 300 esculturas e fragmentos antigos, assim proporcionando a interatividade tridimensional. A coleção é composta por esculturas gregas, romanas e do período do Renascimento. Além disso, grande parte desse acervo pertenceu à família Médici (XV – XVIII). O site da galeria é de fácil navegação, bem como se mostra preocupado com a interatividade do usuário com os objetos digitalizados. Logo, os interessados pelos objetos podem visualizar as obras por vários ângulos e a interface permite que os usuários naveguem próximo e dentro das esculturas, assim aproximando-se mais que desses objetos que muitos visitantes que frequentam a própria galeria, isso em razão da utilização do modelo tridimensional. O link para visitação é: http://www.digitalsculpture.org/florence/.

A partir dos escritos de Tori e de nossos apontamentos ao longo do texto, acreditamos que tais sites interativos propiciam ao discente: “[...] várias formas de se oferecer sensação de presença ou presença social aos participantes de uma atividade de ensino-aprendizagem, numa nova forma de presença a distância, ou telepresença” [TORI, 2010, p. 10]. Vale ressaltar que a inserção das TICs, em conjunto com novas linguagens educacionais, torna necessária a constante reflexão e atualização, por parte dos professores, sobre esses instrumentos em seu planejamento de aula. O docente também deve considerar que um recurso digital não é neutro, pois precisa ser contextualizado para ser compreendido. A inserção das dos ambientes virtuais permite ainda a aproximação do estudante com o conteúdo, assim fazendo com que o discente sinta a sensação de ser um agente na História e da construção do saber.

Em suma, a área de História Antiga certamente não é mais a mesma, como era ministrada em boa parte do século XX, por meio das memorizações de batalhas e nomes de imperadores. Assim, buscando um ensino mais colaborativo e criativo devemos considerar os processos tecnológicos em sala de aula, não como forma de ratificar um viés conteudista, mas como instrumento de construção ativa do saber histórico referente ao Império Romano.

NOTA SOBRE O AUTOR:
Professor adjunto do curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / CPCX. Coordenador do Grupo de Pesquisa no CNPQ ATRIVM / UFMS e membro do ATRIVM / PPGLC / UFRJ.

RECOMENDAÇÕES DE LEITURAS:
Para compreensão sobre o processo de letramento e aprendizagem digital, recomendamos o site MILD - Manual de instruções para a literacia digital. O site português conta com a contribuição brasileira do Prof. Dr. Alex Martire – USP.  O MILD é um interessante portal que desenvolve o conhecimento dos usuários sobre as esferas da leitura, mídia e cidadania digitais. Acesse o site disponível em: https://mild.rbe.mec.pt/. Outro recurso digital que podemos utilizar em sala de aula é o Google Arts & Culture. O site possibilita aos usuários uma visualização e interatividade com diversos museus, assim podendo explorar o acervo, observar o espaço interno das salas e o conceito museológico que foi adotado. O acesso ocorre pelo site: https://artsandculture.google.com/

AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Prof. Dr. André Bueno pelo convite para essa conferência, o trabalho em conjunto nas mesas do Simpósio Online, assim como pelos anos de amizade. Aproveito para manifestar a minha gratidão ao Prof. Dr. Alex Martire, um pioneiro em ciberarqueologia no Brasil, o qual dedicou uma parcela do seu tempo para contribuir com suas considerações a esse estudo. Não menos importante, agradeço ao Prof. Ms. Luis Filipe Bantim de Assumpção pelo, gratificante, trabalho conjunto em nossa mesa de aprendizagem histórica no Simpósio.

REFERÊNCIAS
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BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, dez. 1996.
_____. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997.
_______. Parâmetros Curriculares Nacionais – Terceiro e Quarto Ciclos do ensino fundamental - História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.
_______. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino médio – Bases legais - Brasília: MEC, 1999b.
_______. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino médio – parte IV - Brasília: MEC, 1999b.
_______. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2002.
COELHO, A.L.S; BELCHIOR, Y.K. A BNCC e a História Antiga: uma possível compreensão do presente pelo passado e do passado pelo presente. Mare Nostrum, n. 08, 2017, p. 62 – 78.
FONSECA, S. G. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. Campinas, SP: Papirus, 2003.
Franco Junior, H. Os estudos medievalísticos no Brasil. Projeto História, PUCSP, v.7, p. 169-179, 1987
FUNARI, P. P. A importância de uma abordagem crítica da História Antiga nos livros escolares. Revista História Hoje, São Paulo, n. 4, 2004, p. 1 – 6.
GUARINELLO, N. L. Uma morfologia da História: As formas da História Antiga. Politeia, Vitória da Conquista, v. 3, n. 1, p. 41-61, 2003.
IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
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KOSELLECK, R. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006. 
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MACIEL, C.; BACKES, E. Objetos de aprendizagem, objetos educacionais, repositórios e critérios para a sua avaliação. In: MACIEL, Cristiano.  Ambientes virtuais de aprendizagem. Cuiabá, MT: EdUFMT, 2012, p. 161 – 198.
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MONTEIRO, A. M. A história ensinada: algumas configurações do saber escolar. História & Ensino, Londrina, v. 9, 2003, p. 37 – 62.
MORAN, J. M., MASSETTO, M. T., BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediações pedagógicas. Campinas, SP. Papirus, 2012.
MORI, M. “The Uncanny Valley”, Energy, vol. 7, n. 4, 1970, p. 33 –35.
ROULAND, N. Roma democracia impossível? Os agentes do poder na urbe romana. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.
RÜSEN, J. História Viva - teoria da história: formas e funções do conhecimento histórico. Tradução de Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora UNB, 2007. 
SOUZA, P. C. de. Aprendizagem Colaborativa em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. In: MACIEL, Cristiano.  Ambientes virtuais de aprendizagem. Cuiabá – MT: EdUFMT, 2012, p. 121 – 160.
TORI, R. A presença das tecnologias interativas na educação. Revista de Computação e Tecnologia da PUC-SP, v. 2, n.1, 2010, p. 4 –16.


64 comentários:

  1. Boa tarde professor carlos na sua opinião o ensino de história relacionado a história antiga é muito rica para se trabalhar com a propia quêstão virtual como fazer com quê os alunos desenvolvam conhecimento a partir destas ferramentas?

    Nome: Elder Tarcyo Ferreira Dos Santos

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    1. Estimado Elder, tudo bem? A sua pergunta é bem importante. Eu creio que devemos atentar-se, inicialmente, ao plano de aula e curso que vamos elaborar para cada turma e relacionado ao currículo escolar. Desse modo, para turmas de sexto ano, por exemplo, é possível utilizar o Ensino de Antiguidade para pensar questões de organização social; introduzir ao conhecimento da diversidade étnica; a própria escravidão, desconstruir a ideia que naturaliza o discurso racial, assim demonstrando que essa prática diverge em tempo e período; bem como familiarizar o discente com conceitos de democracia e república, por exemplo.

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    2. Boa tarde professor Carlos!
      Eu me identifico muito com a temática abordada em seu trabalho. Parabéns pelo ótimo trabalho apresentado.
      Na minha experiência como estagiário de História durante quatro semestres, percebi que há muita relutância dos professores em fazer uso das TICs. A que fatores o Sr. associa essa relutância? Eu, particularmente, vejo que o uso das tecnologias da informação e comunicação é de suma importância não somente no ensino de História Antiga, mas também na promoção do ensino de História como um todo. Vejo isso como um meio pelo qual os docentes de História poderão aproximar-se da realidade do aluno, criando caminhos para despertar nos discentes o interesse pelo aprendizado de História.

      Edgar Silva dos Santos

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  2. No mundo de hoje é praticamente impossível vivermos sem tecnologia. E, aproveitarmos da mesma para a construção do saber histórico faz-se necessário. O aluno vir uma imagem no livro didático não trará a dimensão daquele contexto, do que quando ele próprio participa da construção desse mesmo contexto em um ambiente virtual. No entanto, como poderíamos trabalhar esses conteúdos com alunos de escolas públicas, onde, na maior parte das vezes, não há nenhum meio tecnológico ou quando o tem, não é disponibilizado para o professor e nem para o aluno?

    Angelita Maria Rocha Ferrari da Costa

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    1. Estimada Angelita Costa,

      Concordo com sua argumentação sobre o fato de não termos algumas escolas, ainda sem acesso há muitos recursos que deveriam ser fornecidos aos Professores e Alunos, infelizmente. Todavia, essa proposta foi desenvolvida, especificamente, para aquelas escolas da rede pública e privada que possuem tais de recursos para tal. Os quais podem ir desde o notebook e projetor, ou apenas o projetor. Todavia, há uma quantidade de oficinas desenvolvidas sob supervisão da Profa. Dra. Regina Bustamante - UFRJ, que podem ser feitas sem tais recursos, de minha proposta, com os discentes. Disponibilizo aqui o link: https://aprendendocomclio.wixsite.com/lhia
      Um abraço, Carlos Campos.

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  3. Prezado prof. Carlos, boa tarde!
    Acredito na relevância do uso de ferramentas digitais no estudo da História Antiga. Entendo, entretanto, que a chamada “presença virtual” a que o sr. faz referência, só transforma a aprendizagem histórica se na utilização dos diversos recursos, a intencionalidade docente for muito clara (assim como de qualquer outra ferramenta). Caso contrário, torna-se um momento “apenas divertido/diferente” que corremos o risco de desenvolver, esquecendo, novamente a função social da História. O senhor concorda com minha avaliação? Tem conhecimento de estudos sobre práticas pedagógicas que mostram essa diferenciação?
    Érica Alves Cavalcante.

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    1. Estimada Sra Érica,

      concordo plenamente. Todavia, por isso destaco que ele integra um planejamento de aula do professor e não uma forma de distração. Ele precisa de organização, seleção, planejamento e avaliação dos discentes. Os estudos sobre currículo e avaliação de aprendizagem ajudam a percebe o uso das práticas pedagógicas e suas finalidades. Recomendo os estudos de Cipriano Luckesi sobre avaliação de aprendizagem e gosto desse livro "Recursos educacionais para o ensino: Quando e por quê?,dos professores Ilza Martins Sant'Anna e Victor Martins Sant' Anna

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olá, Prof. Carlos, tudo bem?
    Antes de qualquer coisa, quero dizer que Antiguidade Clássica é o meu período preferido da história, e textos como o seu contribuem significativamente para que ampliemos o leque de possibilidades de se trabalhar esse conteúdo em sala de aula. Achei bastante pertinente um parágrafo em particular, em que você afirma: “Em alguns casos, os estudantes passam horas utilizando games com gráficos extremamente realistas e som surround, conversam em chats com os colegas sobre o assunto, mas, ao adentrar a sala de aula, não conseguem relacionar o conteúdo do jogo ou Hq que foi lida com uma avaliação de História”. Sabemos que uma das formas de evitar esse problema é através de pesquisas mais aprofundadas pelo professor, entretanto, como explicar áreas mais complexas como economia, política, sociedade, etc., se valendo das tecnologias referidas no texto?

    DALGOMIR FRAGOSO SIQUEIRA

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  6. Estimado Dalgomir,

    Fico feliz pelo seu interesse sobre Antiguidade. No caso dos recursos pedagógicos, precisamos ter em mente que ele não explicará todos os pontos do currículo escolar. Nesse sentido, ele precisa ser aplicado para uma finalidade específica, assim planejada por você. Temas como política e sociedade, bem como cultura, aparecem em muitos programas de reconstituição da época, assim tendo ele como foco inicial, pode servir para iniciar a aula. Também, poderia pensar nas hqs e séries para temas políticos ou econômicos, por exemplo.

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  7. Boa noite, Prof. Carlos,

    Parabenizo pelo excelente texto e pela preocupação em problematizar os ambientes virtuais com temas históricos. Apesar de não atuar/ pesquisar na área de Antiguidade Clássica, foi profícuo saber dessas iniciativas institucionais, listadas no texto. A minha questão é no âmbito da formação das nossas licenciaturas. Atualmente, os debates sobre história digital tem mobilizado alguns pesquisadores atentos as modificações na própria dinâmica da pesquisa historiográfica como o uso da internet, dos arquivos em nuvem, hemerotecas digitais, etc. Sendo assim, em que medida você percebe uma preocupação/ reflexão sobre o modo como a nossa grade curricular ainda é carente de discussões sobre essa nova modalidade de ensino e aprendizagem do saber histórico na atualidade? Como preparar nossos historiadores para lidar com essas tecnologias para além do clássico quadro, giz e livro didático?

    Natanael de Freitas Silva

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    1. Estimado Prof. Natanael,

      esse debate ainda está em desenvolvimento, no campo do Ensino de História, apesar de antigo na área de Educação. Creio que pela busca de cursos de capacitação, extensão e propostas divulgadas pelos sites, bem como livros e artigos, que será possível ampliar os debates para esse campo. Não esquecendo dos entraves de recursos que cada escola passa.

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  8. Olá professor Carlos.
    Acredito que o uso da tecnologia tem muito a contribuir para o ensino de História e para as demais disciplinas. Porém, ainda existem algumas barreiras que precisam ser superadas. Uma delas é a falta de acesso a essas tecnologias, como já mencionado pela colega Angelita em pergunta anterior. Uma outra questão a se pensar é a capacitação dos professores para o uso dessas ferramentas, já que não é raro nas escolas encontrarmos colegas que não estão preparados para essa nova realidade. Uma terceira dificuldade, e nessa trago meu questionamento, seria como quebrar com o paradigma de que a tecnologia está destinada somente ao lazer e ao divertimento, já que a grande maioria dos alunos têm o hábito de utiliza-las somente para redes sociais e passatempo, não conseguindo assim, enxergar um ambiente virtual como possível ferramenta aprendizado?
    Douglas Cerdeira Bonfá

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    1. Estimado Douglas,

      Boa Noite!!! Caríssimo, sobre a questão da formação e capacitação, em algumas cidades da federação, tais recursos se encontram disponibilizados para a formação. Em cidades, afastadas recomendo plataformas que oferecem cursos ead como o CEDERJ: http://cederj.edu.br/extensao/ e que visam capacitar professores justamente para o uso desses recursos. Meu texto, visa problematizar e trazer objetivamente, como demarcado, propostas para onde temos esses recursos, aquelas que não detém esse recurso foge da proposta como delimitei na reflexão e na resposta acima. Creio que o ambiente virtual, apesar de muito utilizado para o lazer, já é empregado para estudo e ensino em vários lugares do mundo. Dessa forma, esse espaço pode ser apropriado em nossas salas, como um elemento vital de ensino e pesquisa. Através da consciência histórica, é possível trazer o aluno para a construção do pensamento.

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  9. Boa Noite Prof. Carlos, tudo bem?
    Antes de mais nada, gostaria de parabenizar pelo trabalho, que além de sua proposição aparentemente eficaz, foi apresentada de forma muito clara e didática.
    Também repouso minhas preocupações quanto a falta de sensibilidade dos docentes em trazer a objetividade pedagógica ao uso de tais ferramentas, trazendo um caráter mais lúdico que didático às aulas.
    O sr. acredita que tais ferramentas poderiam ser melhor exploradas por docentes que possuíssem uma capacitação específica (talvez uma pós lato sensu), ou cabe a cada profissional o desbravamento, mesmo que empiricamente?
    Em minha opinião, o grande desafio está em apontar aos discentes os aspectos a serem desenvolvidos nos conteúdos antes da apresentação da ferramenta a ser utilizada, para que após seu uso, o docente possa fomentar as discussões entre o lúdico e o didático.
    Grato desde já,

    DANIEL FREITAS DE VASCONCELLOS CRUZ

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    1. Estimado Sr. Daniel Freitas,

      eu creio que há um problema ainda na compreensão dos recursos didáticos pelos professores, pois em algumas licenciaturas, por um levantamento que fiz, recentemente, não problematizam tal ação pedagógica. Nesse sentido, compreendendo que o professor possui em sala de aula uma carga já elevada, muitas vezes, não consegue dar conta da utilização de novas tecnologias. Entretanto, hoje, há cursos de capacitação e atualização didática, em alguns estados ou cidades, os quais possibilitam ao docente ter esses conhecimentos, trocar informações sobre recursos em fóruns. Todavia, conhecedor que essa realidade não se aplica para todos lugares, também cabe ao professor que esteja inquieto e buscando técnicas novas procurar por bases, defendo as gratuitas, para sua atualização docente, como: CEDERJ: http://cederj.edu.br/extensao/
      Sobre o uso dos recursos, penso que cada docente pode partir da realidade da sua turma para melhor adaptar. Há turmas que reagem melhor ao recurso, após exposição do conteúdo, porém há turmas que compreendem o processo histórico se partirmos do lúdico para o conteúdo. Não há fórmula única, cada turma é uma realidade, em meus anos de trabalho no fundamental e médio, muitas vezes, tive de modificar o planejamento pelo rendimento das turmas.

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  10. "(...)precisamos estar atentos a respeito de como adaptar didaticamente esse recurso computacional em conformidade com os conteúdos curriculares(...)". Partindo desse ponto de vista apresentado pelo autor, de que maneira, levando em conta as problemáticas dos novos movimentoa sociais ou redes de movimentos que trazem atrativos externos aos conteúdos a serem trabalhados,o professor pode incluir de maneira eficaz os ambientes virtuais nos estudos históricos?

    Jonilson Gama Oliveira

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    1. Estimado Jonilson Gama,
      sobre as questões dos movimentos e redes de movimentos, creio que se precisa pensar no plano de curso e aula qual o objetivo que quer atingir com esses assuntos e se há recursos disponíveis para tais. Em minha visão, tudo depende do seu planejamento didático e da disponibilidade de recursos, bem como curricular.

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  11. Boa tarde professor Carlos!
    Eu me identifico muito com a temática abordada em seu trabalho. Parabéns pelo ótimo trabalho apresentado.
    Na minha experiência como estagiário de História durante quatro semestres, percebi que há muita relutância dos professores em fazer uso das TICs. A que fatores o Sr. associa essa relutância? Eu, particularmente, vejo que o uso das tecnologias da informação e comunicação é de suma importância não somente no ensino de História Antiga, mas também na promoção do ensino de História como um todo. Vejo isso como um meio pelo qual os docentes de História poderão aproximar-se da realidade do aluno, criando caminhos para despertar nos discentes o interesse pelo aprendizado de História.

    Edgar Silva dos Santos

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    1. Estimado Edgar Santos,
      obrigado pelas palavras e o interesse pelo tema. Em minha perspectiva, há vários fatores para essa relutância. Devemos considerar cada caso, em específico. Há professores que são formados em uma linguagem e didática que não se adaptou ao tecnológico ou que apresentam dificuldade de compreensão; há professores que não foram capacitados para o uso desses recursos; há professores que não conhecem as possibilidades pedagógicas desses usos; há aqueles que não gostam ou têm afinidades; há aqueles que sabem da falta de tecnologia em sua escola para tal uso; há casos e casos. Todavia, creio que devemos incentivar e buscar cada vez mais buscar meios de introduzir essa dinâmica em sala de aula. O que vai auxiliar na compreensão e desenvolvimento da consciência histórica. Sobre as capacitações e atualizações recomendo o portal gratuito:CEDERJ: http://cederj.edu.br/extensao/

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  12. Estimado professor Carlos Eduardo Campos,
    Gostaria de parabeniza-lo pela elaboração deste texto e por disponibilizar os links que dão acesso a todo o conteúdo digital. A democratização dos mecanismos para ensino de História é uma iniciativa importante para a nossa formação curricular e continuada. No tocante a esta questão, como o senhor enxerga a possibilidade da inserção dos TICs dentro da grade curricular dos cursos de Ensino? Pois, como podemos ver em seu texto, não há como ignorar a presença destas tecnologias na vida cotidiana dos alunos e professores.

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    1. Estimadx,
      Creio que as TICs vão ser inseridas gradualmente, pois é uma realidade sem volta. Cada vez mais precisaremos de professores capacitados para lidar com a realidade em rede e os recursos oriundos da tecnologia.

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  13. Olá professor Carlos
    Sem dúvidas, a tecnologia pode se tornar uma poderosa arma para a interação do aluno com a aprendizagem da história. Entretanto é sabido que há disparidades sócio econômicas existentes no meio educacional em nosso País. O senhor acha que isso pode limitar de certa forma a conciliação de metodos de aprendizagem com a tecnologia da informação em alguns ambientes de ensino?

    Pedro da Silva Mariano

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    1. Eu creio que esse processo é um caminho sem volta, mesmo com as disparidades. Desse modo, como professores devemos lutar socialmente para a inserção de recursos tecnológicos nas escolas e a capacitação dos professores para melhor produção do conhecimento. Afinal, lutar pela melhorias da infraestrutura escolar até ao computador e/ou data show são direitos que os nossos alunos e docentes merecem para uma formação qualificada.

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  14. Prezado professor Carlos como podemos ver no seu texto, não a como ignorar o uso de tecnologia na vida do alunos e dos professores.Sera que seria possível integrar na grade curricular do aluno do ensino ?

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  15. Creio que podemos dividir em níveis, no superior é importante haver disciplinas sobre esses recursos e como aplicar. No fundamental e médio, talvez, seja possível ações práticas que usem eles de forma transversal nas disciplinas

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  16. Bom dia professor Carlos, queria primeiramente agradecer pelas indicações de leitura e produtos digitais apresentados no seu texto, irão me ajudar muito. Estou trabalhando na criação de um jogo digital para o ensino de história e uma das maiores dificuldades até agora é pensar no modo que vai ser trabalhado com os alunos; muitos textos que leio apresentam a necessidade do ensino em se atualizar e como as TICs são benéficas para isso, porém poucos apresentam propostas de intervenção. Você em suas pesquisas participou ou leu sobre experiencias de uso dos jogos digitais em sala de aula?
    Adriane Aline Soares da Silva

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    1. Estimada Adriane Soares,

      grato pelo interesse e feliz por sua busca na construção de um estudo que prime pelo processo de ensino diferenciado. De fato, noto que há muitos textos voltados para a reflexão teórica, porém sem apresentar o fato prático: como? através de quais canais? Essa foi a minha preocupação nesse texto refletir, porém trazendo um caminho para vocês e explicando as características de cada um. Um livro que gosto e indico seria: Ensino de História e Games - Marcella Albaine Farias da Costa. Um livro bem interessante e pedagógico sobre os jogos.

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  17. Caro Gabriel Braga de Souza,
    esquecer livros e conteúdos pode induzir a uma simplificação da consciência histórica ou transformar a aula, em mera diversão. Penso na tecnologia como um recurso conjunto, pois a interação entre leitura, interpretação, reflexão e atividade são fundamentais para o ensino e aprendizagem.

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  18. Olá professor Carlos, gostaria de fazer mais uma indagação. O senhor imagina um futuro em que o uso da tecnologia em sala de aula, principalmente na matéria de história, seja uma disciplina na formação do docente?

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    1. Estimado Sr. Pedro,

      é um prazer responder a essas perguntas. O evento online é excelente por isso, afinal podemos dialogar mesmo estando tão distantes. Hoje, estava conversando com uma professora do curso de Sistemas de Computação essa questão. Creio que as humanidades necessitam avançar na introdução das TICs nas suas grades, já existe, porém são poucos os cursos que apresentam essa disciplina. Não adianta inserir e tratar teoricamente apenas, deve haver prática e capacitação dos alunos, também.

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  19. Olá Carlos. De boas?
    Lendo o teu texto, pensei no mar Mediterrâneo, no contexto da expansão dos Impérios orientais, pois, conforme Guarinello, o referido mar pode ser compreendido (eu diria numa espécie de paráfrase do referido historiador) como uma alegoria do processo de conexão entre o Oriente e o Ocidente. Não sem sentindo, podemos traçar paralelos para perceber o quanto as tecnologias trazidas pelo Mediterrâneo interferiram, por exemplo, na formação do sistema político da Grécia Antiga. Dito de outra maneira, assim como ocorreu no mundo antigo oriental e ocidental, na contemporaneidade, a tecnologia traz à lume processos revolucionários. Como as TICs à História Ensinada, como você historicizou.
    Parabéns pelo artigo
    Forte abraço!
    Arcângelo da Silva Ferreira

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  20. A utilização de recursos tecnológicos para o ensino de história antiga, auxilia e muito o professor a explicar o conteúdo, e ao aluno absorver. Como já está falando no texto os nossos alunos hoje nasceram envolvidos em uma cibercultura, porém muitas vezes esses alunos prefere utilizar de outros sites, e ambientes virtuais que trazem conteúdo que nao sao didáticos.Como o professor pode despertar o interesse nos alunos de procurar sites e ambientes virtuais, que traga conteúdo educativo e apropriado para o período em que eles estão estudando?
    Jorge José de Lira

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    1. Estimado,

      Creio que esse estímulo poderia ser feito desde o uso em sala, bem como com atividades em casa com uma redação sobre tal experiência, sempre algo que seja planejado e não fique no mero lazer.

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  21. Olá Arcângelo da Silva,

    tudo ótimo! De fato, a tecnologia se for planejada, organizada e adaptada as questões de conteúdo pode ser vital para o ensino de História. Contudo, tudo depende do tratamento que vamos dar a ela. Não adianta inserir as TICs como ilustração ou lazer, pois ela deve ser problematizada e pensada pelo docente sobre os objetivos que se quer atingir junto aos discentes.

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  22. Este comentário foi removido pelo autor.

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  23. Prezado professor Carlos como podemos ver no seu texto, não a como ignorar o uso de tecnologia na vida do alunos e dos professores.Sera que seria possível integrar na grade curricular do aluno do ensino ? David de Brito Alvarenga

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    1. Já há uma preocupação com o uso da tecnologia no ensino médio, porém não é efetiva. Em geral, o estudo da tecnologia no ensino médio é frágil, excluindo aqui as escolas de excelência públicas e federais. Precisamos de uma reavaliação da tecnologia no ensino médio, bem como de inserção e capacitação dos alunos no superior.

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  24. Caro professor Carlos, parabéns pelo texto. Não sou estudioso de história antiga, mas fiquei muito motivado pelo assunto. Gostaria de saber se o mesmo raciocínio que o senhor desenvolve para as TICs, como sendo importantes na construção do conhecimento histórico dos alunos, pode ser estendido para as séries de conteúdo histórico, que hoje em dia estão disponíveis pela internet.
    Rogério Pereira de Arruda

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    1. Estimado Rogério,
      Também é um excelente recurso, bem como os animes. Apenas se atente para a idade indicada para cada série.

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  25. Bom dia Professor Carlos parabéns pelo trabalho a cima.
    Para os dias de hoje onde não é fácil lidar com a juventude e onde eles se acham mais espertos que todos seria muito bom a implementação da tecnologia em aula para o ensinamento. Minha dúvida fica em cima de como seria o relacionamento da escola e dos responsáveis dos alunos em cima deste ensino?
    Um exemplo da minha pergunto é (como falar de Esparta e não mencionar o filme 300 para os alunos de uma série com um conhecimento geral menos elevado como a sexta série por exemplo.)

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    1. Estimadx,
      É importante selecionar trechos, imagens e outros pontos se for usar séries. A faixa etária é essencial no plano didático.

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  26. Boa tarde Professor. A tecnologia está cada vez mais fazendo parte de nossas vidas e é possível e importante estarmos adaptando-as aos processos de ensino-aprendizagem. Você citou diferentes sites onde se pode discutir a História Antiga. Infelizmente a realidade da infraestrutura de nossas escolas ainda não permite em muitos casos, realizar trabalhos com tecnologia por conta da falta dela. Você teve experiência com o uso desses sites com alguma turma? Como foi a experiência?
    Jackson Alexsandro Peres

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    1. Estimado Jackson, há várias realidades escolares. Já usei esse em sala com um projetor e meu notebook. Vários colegas empregam no seu método de ensino. Cada região apresenta um contexto e aquelas que possuem acesso podem empregar.

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  27. Prezado Professor Carlos, parabéns pelo texto. Meu questionamento é sobre as limitações a respeito dessa sua proposta de aliar a tecnologia e ambientes virtuais de aprendizagem no processo do conhecimento histórico e quais estrategias podemos utilizar para promover a inclusão digital, já que ela ainda não está acessível à todos e à todas? e no preparo dos profissionais e professores para com o uso da tecnologia? Outra questão é a de quais estratégias podem ser feitas dentro da universidade para a criação de aplicativos\softwares de jogos históricos e ambientes virtuais de aprendizagem histórica, dentro da concepção de pesquisa, ensino e extensão? Desde já, obrigada pela oportunidade. Att, Monica Rossato

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    1. Estimada Sra Monica,
      Apesar das limitações e consciente dessa existência, minha proposta de direciona para aquelas que possuem ao menos o recurso de um computador e internet. Assim, procurando para aqueles que conseguem acessar uma forma de executar uma aula com esse uso. Sobre as estratégias, penso nas práticas de ensino como um lugar para pensar e desenvolver um projeto nesse modelo.

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  28. Carlos Eduardo, meu questionamento esta relacionado ao acesso aos meios digitais pelos alunos pois, muitas vezes nem 100% das alunos possuem acesso a internet em casa, como encarrar esse cenário?

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    1. Estimado Alan,

      Temos de fato realidades distintas em cada região. Por isso, a proposta busca atingir aquelas que já possuem na própria unidade acesso mínimo a isso. Aquelas que não possuem, há no site do lhia propostas pedagógicas que podem ser empregadas sem recursos digitais: https://aprendendocomclio.wixsite.com/lhia
      Enfim, essa é uma proposta para onde há acesso, objetivo indicado no texto.

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  29. Olá Carlos Eduardo, excelente texto! Adorei mesmo, jamais saberia desses jogos. O meu questionamento é em relação a temática das guerras antigas neles, pois há muita polêmica em torno de jogos que envolvem violência (que é bastante presente na Antiguidade). Nesse sentido, existem regras e critérios quanto à isso no âmbito dos jogos com fins didáticos?

    Clarisse Louzada Freitas

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    1. Estimada Clarisse,

      Esses sites não são jogos de violência ou guerra. São sites museológicos ou criados para fins pedagógicos.
      ABS.

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  31. Olá professor, existem várias possibilidades de trabalhar com as novas tecnologias para o ensino da História Antiga, assim quais encaminhamentos poderíamos adotar a partir do "classroom" ou outra ferramenta semelhante, com os estudantes do ensino fundamental?
    Joanistela Gonçalves Mendes de Araújo

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  32. Ao pesarmos nos jogos, filmes, séries e etc, principalmente os que fazem sucesso com a "moçada", tenho observado em minhas turmas um certo distanciamento do que eles consideram estudo de história com a visão deles. Quando afirmamos que as mídias digitais é um jeito divertido de aprender história, alguns dos meus alunos demonstram-se decepcionados... Ao seu ver, como é possivel fazer com que eles vejam essa associação (entre estudo de história e diversão); porque eles mesmos não vêem como aprendizado aquilo que eles assistem e jogam por aí.
    Agradeço pelo texto, atenciosamente.
    Gabriel Tavares Gomes Gonçalves

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    1. Gabriel,
      Criamos um distanciamento entre a realidade dele o tempo inteiro e o saber histórico escolar. Temos de partir das vivências e experiências deles, estimulando a leitura e ligações entre as mídias e entendendo que é um processo. Não será algo direto e fácil de criar em relação. Eu tive turmas que funcionavam excelentemente e outras que tinha dificuldade.

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  33. Entretanto, devemos superar e adaptar a postura curricular que se preocupa, então, em ensinar um grupo de informações de forma quantitativa para os discentes, com o intuito de completar os estágios de formação e efetuarem as provas do ENEM. Sou estudante de pedagogia não atuo na área mas pude perceber em alguns estágios que alguns professores de história se apegam a parte antiga da história. Comentei isso com a pedagoga e ela respondeum que há uma grande resistência principalmente pelos professores tradicionais. Como modificar?

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    1. Estimada Folk,
      Creio que devemos sempre incentivar e criar essa cultura para gerar um fluxo de inovação. A partir da prática e cobrança de melhorias que algo pode mudar.

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  34. Olá professor. Boa noite!
    Achei muito interessante o texto, principalmente pelo fato de ter tido recentemente contato com a experiência de uma amiga minha, onde em sala de aula a mesma fez a utilização de um aplicativo para postagem de atividades e perguntas a respeito da aula, como uma espécie de gamificação para incentivar os alunos a terem um contato maior com a disciplina.
    Os resultados foram bastante positivos, principalmente pela proximidade dos alunos com essas tecnologias.
    A meu questionamento é saber se ao mesmo tempo qm que a tecnologia pode está ao nosso favor na hora de transmitimos o conhecimento não só da história antiga, mas da disciplina como um todo, não corremos um risco de fazermos com que esse aluno que já não gosta tanto assim de ler, ou busca o conhecimento de uma maneira mais profunda, acabe optando por soluções já prontas, e informações mais rápidas, compactas e menos teóricas, e raso?

    Hyago Augusto Barbosa Rodrigues
    Hyago.augusto@live.com

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    1. Hyago,
      Compreendo sua pergunta e preocupação. Todavia, esse será um uso inadequado do recurso pedagógico. Um uso correto envolve leitura, debate, reflexão e o recurso no uso. Ou seja, as coisas não se anulam, apenas se somam.

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  35. Prof. Carlos, boa noite.
    No caso de escolas em que falta infraestrutura para trabalhar com jogos digitais, o senhor recomendaria algum jogo físico, seja ele de tabuleiro, de cartas, etc., que utilize-se do passado antigo como quadro para contextualizar a sua narrativa?

    Agradeço desde já.

    Victor Braga Gurgel

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    1. Estimado Victor,
      Exatamente! Creio que podemos de acordo com cada realidade, pensar em planos de ação adaptados e que vinculem os conhecimentos e os recursos pedagógicos.

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