BULLYING
E VIOLÊNCIA EM SALA DE AULA: QUE JOVENS ESTAMOS FORMANDO?
O
presente relato tem como temática: bullying
e violência em sala de aula. Em seu
conteúdo apresentamos um olhar como fruto de nossa experiência com o Programa
de Bolsa de Iniciação à Docência – (PIBID) do Subprojeto História da
Universidade Estadual Vale do Acaraú – (UVA). Nele propomos a apresentação e
discursão sobre praticas que consideramos preconceituosas e que vão de encontro
a educação inclusiva e empática que desejamos no ambiente escolar, uma educação
que respeite as raças, gêneros, regiões e gerações. Entretanto, munidos com o
desejo de despertar a consciência dos alunos para tais atos caracterizados como
bullying, propomos uma aula
intervenção para o conhecimento e sociabilidade entre os discentes e docentes
junto à produção de material (mural) sobre o assunto abordado, o qual se
objetivou despertar nos alunos uma consciência a respeito dos malefícios causados
para quem sofre as ações preceituosas no cotidiano escolar. Que elencou os
principais tipos a características dos efeitos do bullying em sala de aula na educação básica.
Introdução
Participando
como bolsistas do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência – (PIBID), e por
isso vivenciado o ambiente escolar passamos a pensar sobre as relações no
cotidiano de tal ambiente, o que nos deu subsidio para planejarmos e
consequentemente realizamos uma intervenção como forma de conscientizar sobre o
bullying e seus malefícios, os alunos da Escola de Ensino Fundamental e
Médio Ministro Jarbas Passarinho, localizada na periferia da cidade de Sobral
no estado do Ceará. Este relato foi elaborado como forma de analisarmos os
resultados após a aplicação da intervenção “Os
malefícios do bullying na sociedade contemporânea”, que objetivou
em apresentar as dificuldades vivenciadas por professores e alunos com o bullying e violência na escola. Além
disso, objetivando compreender a ação dos alunos frente às práticas
preconceituosas ou qualquer ação que se caracteriza como intitulado na aula
intervenção, objetivando a conscientização da comunidade escolar, sejam os
alunos, os professores e demais profissionais, vigias, merendeiras,
coordenadores pedagógicos, diretores, enfim a comunidade escolar como todo,
sobre os malefícios para quem pratica atos discriminatórios, por exemplo.
Por
meio dos resultados buscamos aqui refletir sobre a prática do ensino de história
na formação do cidadão. Pois, entendemos que a disciplina de História nos dá
ferramentas para discutir valores morais e éticos presente em nossa sociedade,
e assim inclua o aluno em uma educação para a cidadania, de modo que este possa
visibilizar o estudo histórico como forma de criticar os padrões sociais e
conhecer o processo de formação de sua sociedade. O aluno conhecendo o processo
histórico da sociedade a qual está inserido estimula-o a ter empatia aos negros
e indígenas que são os que sofrem com maior incidência com o bullying.
Sobre
o ensino de História como meio para se atingir os
objetivos de uma educação cidadã, Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli
(2009) destacam:
“O objetivo é uma
consciência crítico-genética, cuja relação presente-passado seja fundamentada
em narrativas mais complexas, que se prestem a uma orientação temporal para a
vida presente, baseados em alguns princípios, como liberdade, democracia e
diretos humanos, fundamentos de uma formação para a cidadania.” (p.69)
E
ao ensejamos uma educação pautada no bom convívio em sala de aula, sem discriminações
raciais e preconceitos, refletimos nesse trabalho como se dá a pratica do bullying, que muitas das vezes, acaba se
caracterizando como violência escolar. Reiterando a necessidade de refletir
sobre esse assunto, Sheila Lucas Só (2010):
“Dessa maneira,
devemos refletir sobre o nosso papel enquanto educadores, nossas práticas, a
relação que estabelecemos com nossos alunos e o compromisso que temos com a educação,
para que possamos tomar a iniciativa de interferir no momento adequado e de
forma adequada, facilitando as aprendizagens, num ambiente onde haja respeito
mútuo, solidariedade e cooperação.” (p.24)
Nestas
mesmas perspectivas, apontar na escola, esta violência que é apontado por
educadores como sendo um dos grandes problemas mais recorrentes dentro das
escolas na atualidade. Diante dos vários acontecidos noticiados em jornais,
revistas e de nossa convivência no espaço escolar podemos perceber que alunos
das escolas em todo o país sofrem e/ou praticam bullying. Dentre os principais exemplos observados na escola,
encontramos os mais variados tipos de preconceito, sendo os mais frequentes os
preconceitos de gênero, características descritivas, penteados, formas do
cabelo e de preconceito étnico racial. Sobretudo, as práticas de nomes e
apelidos destinados aos afrodescendentes, oriundos da periferia da comunidade
escolar, se fazem com mais frequência no ambiente escolar.
O
bullying é uma pratica maldosa e por
isso nada tem de benefícios na vida de uma pessoa, ao contrario, causa
problemas psicológicos no individuo que sofre as agressões. Os principais
problemas psicológicos ocasionados em destaque denunciados pelas pesquisas estão
presentes a depressão uma das doenças que atinge um grande número de
brasileiros, jovens e adultos. Devido esta doença, muitas das vezes, as
pessoas que sofrem determinados atos não denunciam e não têm a coragem ou o
ânimo para buscar ajuda e, também, os professores e demais profissionais não
conseguem detectar as práticas discriminatórias.
Logo, a atuação como bolsistas
conciliou teoria e prática através de aulas oficinas, onde foi possível o
discente em história compreender as suas atuações quando dispõe dessa vivência
no espaço escolar. Passamos a refletir compartilhando neste trabalho se
realmente queremos enfrentar os desafios que estão interlaçados a esse ofício.
A título de formação e crítica ao trabalho na docência, nos vimos obrigados a
estudar e propor soluções para a geração de empatia entre os jovens. Portanto, a aplicação da
intervenção foi fundamentada por leituras bibliográficas referentes a temática
que nos leva a entender formas práticas de lidar com o bullying em sala da educação básica.
Desta
maneira, realizou-se como sendo de grande valia para pensarmos, seja em métodos
de enfrentar e, buscando soluções viáveis para quando viéssemos vivenciar tais práticas
em nosso cotidiano escolar.
Para tanto, foi planejado um modo de levar
essa temática para os alunos de uma maneira que eles pudessem participar e assimilar
a proposta da intervenção, em especial, nas turmas do 3ª ano da escola
supracitada.
Justificativas
A
aplicação da atividade pelos bolsistas PIBID História-UVA foi de fundamental
importância, pois, alunos, muitas das vezes, socializam com agressão exprimindo
apelidos, nomes fictícios, formas verbais que acabam gerando medo e isolamento
para a aqueles que são submetidos a tal processo. Entretanto, nem sempre os que
praticam tais ações contra seu colega sabem as consequências que envolvem as
suas praticas. Partindo dessa proposição foi necessário se conhecer as formas
de bullying para prevenir futuras
consequências para os jovens da escola Ministro Jarbas Passarinho.
A
elaboração da intervenção se deu pelo fato de nos bolsistas presenciarmos
várias ações as quais e caracterizava como bullying,
bem como também nos vários relatos dos professores e gestores da escola.
E,
nesse contexto, a convivência no cotidiano escolar é importante que desenvolvamos
percepções das mais variadas. Nesse processo, entra em cena o papel do professor
educador, já que este tem um maior contato com alunos, sendo isso primordial
para identificar agressões, nomes que são tidos como de baixo calão entre
outras ações que causam preconceitos contra os colegas, tanto em sala de aula
quanto nos intervalos e em outros ambientes da escola. Nesse sentido, com
análises das situações que se traduz em constrangimentos aos alunos que sofrem
as ações, torna-se necessário a aplicação de projetos objetivando amenizar o sofrimento
dos alunos que padecem com bullying na
escola tanto quanto violência em
casa, sendo este um caminho
possível para um melhor desenvolvimento da aprendizagem como a empatia dentro
da escola, que tem como finalidade educar para se conviver em sociedade.
Desta
maneira, muito se discute de violência e bullying
em sala de aula, no entanto ainda as medidas adotadas pelos gestores são muito
tímidas e parecem ineficazes para desenvolver a empatia nas relações do
cotidiano escolar. Por isso que é tão importante estar atento ao cotidiano e
propor momentos de intervenções para iniciar o processo de reeducação dos
hábitos do cotidiano escolar.
Se
destaca que o “fenômeno” bullying é
uma ação recorrente em diversos ambientes no cotidiano de crianças, jovens e
adultos que por muitas vezes no dia a dia estão expostos quase por obrigação a
essa prática de violência. Na escola, por exemplo, espaço privilegiado de nossa
análise encontramos essa forma de violência de forma mais explicita, pois, são
vários jovens que estão formando sua personalidade, e tal modo, esse tipo de
violência está presente, visto que sentem dificuldades em aceitar a diferença
do próximo, seja ela de raça, cor, religião, orientação sexual dentre outras.
Conforme na nota de entrevista ao Ministério
da Educação (2015), a Professora Carla Dias,
reitera:
“Tratar de bullying é
também tratar da questão da diferença, da diversidade, do respeito, do
acolhimento. A escola muitas vezes potencializa estas questões, que estão
presentes na sociedade, como a intolerância religiosa, a questão racial, as
questões de gênero, dentre outras.” (Carla Dias, 2015)
Logo,
tais ações deviam serem com menos frequência devido estarem sob observações de
um professor e um núcleo gestor. Mas, entretanto, como já discutido, nem sempre
os educadores conseguem captar todas as ações realizadas pelos alunos no
cotidiano escolar. Além desse, na escola, não negamos as outras formas e
lugares, como em casa, nos bares, nas ruas entres outros lugares onde os atos
acontecem, não fazemos estas outras análises, pois foge do nosso campo de
análise e estudo para este trabalho.
A
caracterização do bullying, segundo SÓ (2010), se dá pela forma que é praticada, sendo elas
psicológicas, físicas ou verbais. Para tanto é necessário se compreender tanto
quem pratica como verificar as consequências para aquele que está sob julgo do
aluno que tem mais “força” “verbal ou muscular” que desencadeia nas ações
feitas sem pesar nas consequências no outro.
O bullying escolar,
como destaca RISTUM (2010) é
uma forma de violência caracterizada por agressões morais e físicas entre
alunos, sejam crianças, adolescentes ou jovens e até mesmo professor, dentro do
ambiente escolar. Qualquer forma de intimidação que seja repetitiva com o mesmo
alvo é considerada bullying. Isto pode acarretar doenças psicológicas que
podem levar o aluno a abandonar a escola ou até mesmo algo mais grave como a
depressão que pode lavar ao suicídio.
A
escola é a segunda instituição social logo após a família, em que o individuo
tem contato, de tal modo, é tida como referência de espaço educador de grande
importância para a formação do jovem que irá contribuir para o bom
desenvolvimento da sociedade. Contudo, essa ideia surgi quase como uma utopia,
onde sabemos que existem inúmeros outros fatores que contribuem para um bom
desenvolvimento do jovem crítico da e na sociedade em que está inserido. É
necessário se compreender as relações familiares, relações entre amigos fora e
dentro da escola, estas que de todo modo, são esses apunhalado de relações
sociais que irá contribuir para essa formação social criativa, boa ou ruim
deste jovem.
Nesse
sentido, a violência existe sim nos espaços escolares. Não devemos só observá-la,
mas também buscar meios para amenizar e/ ou acabar, de forma que os professores
e educadores possam oferecer uma formação mais efetiva, educando os jovens para
a uma formação mais consciente de suas ações tanto dentro da escola como fora
dela, na sociedade e nos seus grupos de relacionamentos.
Objetivando
uma formação e desenvolvimento da consciência nos jovens na escola, propomos ações para instigar uma empatia dos seus
jovens que estão em formação, são ações que possam trabalhar as várias habilidades
presentes na escola integrando-os de forma efetiva e organizando trabalhos em
equipe para conheceram as suas habilidades e a importância dentro de um grupo
como compreendendo as limitações de cada membro.
Na
intervenção, “Os malefícios do bullying
na sociedade contemporânea”, buscamos trabalhar ações deste tipo como o trabalho
em equipe, que mesmo os alunos realizando uma produção individual, buscamos
esse espirito de coletividade ao propor que os mesmos dividissem suas revistas
para recorte e outros materiais como cola e tesoura, além de reconhecer as
habilidades e pessoas e interpessoais. Desse modo, podemos analisar as ações de
cada indivíduo e importância anulando as brincadeiras que excluem alguns
causada pela violência ou bullying em
sala.
Quando
nos referimos ao bullying em sala de
aula estamos apontando vários responsáveis que vão desde a comunidade escolar
ao núcleo familiar do aluno, contudo, o núcleo gestor, os funcionários da
escola e principalmente o professor. Logo, muitas vezes o professor não deve
ser encarregado de toda a culpa das ações indisciplinares dos alunos, mas este
deve estar atento às diversas formas de relações dentro de suas salas. Ademais
é muito importante compreender que o professor muitas vezes está com muitas
salas com superlotação e não consegui dar a mesma atenção para todos os alunos,
sendo necessário um profissional apto especialmente para dá assistência aos
alunos nesses casos de violência, daí que muito se discute sobre a importância
de psicólogos nas escolas.
A
profissão de professor educador exige muitas qualidades, nesse sentido o
professor tem que ser astuto nas suas ponderações principalmente nas ações
contra o bullying e violência nas
suas aulas. Mas o principal objetivo do professor dentro da sala diante de
brincadeiras é não colaboração com práticas e apresentar os devidos cuidados
dentro das relações com o outro. E parentar de forma consciente os malefícios
do bullying na vida de um jovem.
E,
também, para o ensino tanto de história como as questões relativas à educação,
reverbere no desenvolvimento de consciência cidadã, quem nos diz é Moacir
Gadotti:
“O papel da escola
(cidadã), nesse contexto, é contribuir para criar as condições que viabilizem a
cidadania, por meio da socialização da informação da informação, da discussão,
da transparência, gerando uma nova mentalidade, numa nova cultura, em relação
ao caráter público do espaço da cidade.” (p.136)
Para tanto, a escola na cidade torna-se
como mais um espaço para se refletir sobre as questões relativas ao ensino e
para o desenvolvimento do conhecimento que os jovens estudantes não teriam em
seu contexto social. A escola, nesse sentido e, principalmente, o professor,
deve ser sensível para estas questões que colaboram para a formação da
consciência cidadã na disciplina de História.
Resultados: produto dos alunos do 3ª
ano A
A
intervenção iniciou com a dinâmica da “Adjetivação”, onde foi distribuído aos
alunos um pequeno papel e neste teriam que colocar seu nome, é assim foi feito.
Após essa parte, os alunos foram passando o papel com seu nome para o colega ao
lado, para que estes pudessem lhe atribuir um adjetivo, ao final da dinâmica os
alunos foram adjetivados por todos os seus colegas de classe.
Percebemos
que ao receberem seus adjetivos alguns alunos não reagiram bem, e ao serem
questionados por tal ação descobrimos o quanto o bullying está presente na sala de aula como forma de brincadeiras,
pois alguns alunos receberam adjetivos preconceituosos como: “gorda”, “tição”,
“burro”, “viado” dentre outros.
A
partir desse primeiro momento, os bolsistas começaram um debate com os alunos
com a seguinte questão: “Não faça com o outro o que você não quer que faça com você”.
Nesse momento os alunos já estavam entusiasmados com a discursão, expressando
suas opiniões e relatando casos vivenciados por eles mesmos e por outros
colegas. Era nítido que os alunos já tinham um embasamento sobre o tema,
contudo, para levar mais esclarecimento encaramos todos os exemplos de forma
a da continuidade a atividade planejada,
com a fundação teórica, expormos aos alunos toda a contextualização sobre o bullying, seus tipos e malefícios para o
individuo, a comunidade escolar assim como também para sociedade como todo.
Após
esses apontamentos, expostos verbalmente pelos bolsistas com o auxilio de
imagens e vídeos através da utilização de “Datashow”. Os alunos realizaram uma
pesquisa em revistas distribuídas pelos bolsistas, logo após foi proposto que
fossem feitos uma colagem (uma montagem de um corpo humano, com partes diversas
adquirindo assim diversos corpos com funções e estruturas físicas diferentes).
Posteriormente foi feito um relatório de experiência com o bullying e violência, que tinham vivenciado. O objetivo da
atividade é que os alunos pudessem perceber que as pessoas são diferentes umas
das outras e que temos que conviver respeitando essas diferenças.
Por
fim, foi possível a participação dos alunos apresentando suas produções aos
bolsistas, referente ao que tinham explicado durante a introdução metodológica,
que se deu pela definição do termo Bullying,
e posteriormente suas especificações e causas. Ficou perceptível que os alunos
puderam identificar diferentes formas de bullying
em sala de aula; apelidos, nomes fictícios, palavras de baixo calão e entre
outras agressões verbais que se enquadram dentro do campo da violência que uma
hora ou outra acarretam problemas psicológicos aos alunos que sofrem
determinadas ações.
Considerações finais
A escola de todo modo tem que
intervir com políticas internas que compreendam a realidade social de seus
alunos, incentivando com formações seu núcleo docente a criarem projetos de
inclusão as diferenças sócias existentes tanto no ambiente escolar como na sociedade
como todo. Nesse ponto podemos ver a disciplina de História como um meio a
levar esses discursões aos alunos ao estudarem a culturas de determinados
povos, promovendo assim o espirito de alteridade e empatia.
E, ao realizamos a intervenção na escola,
percebemos que os alunos estão dispostos e abertos a discutir sobre a violência
escolar, basta o que os professores estejam entusiasmados a conduzir a temática
em sala de aula. Para isso, poderão intervir com diálogos aberto a todos os
alunos ensinando-os a desenvolver a empatia ao próximo dentro de atividades
inclusivas, como jogos, gincanas de forma interdisciplinar e disciplinar dentro
de suas explanações e objetivos de suas disciplinas.
Fazendo uma análise de nossa
experiência com alunos e essa temática, proporcionada pelo PIBID, apontamos
também como uma possível solução da problemática na escola, a construção de um
projeto de longo prazo que ao final seja realizado uma culminância dos
trabalhos desenvolvidos pelos alunos durante o ano. A escola deveria promover uma semana de
humanidades proporcionando debates, palestras, oficinas que tenham como
objetivo a luta contra o preconceito e as diferenças sociais, bullying e violência na escola. Para
tanto, deve-se discutir até onde as brincadeiras são tidas como bullying, para que não venha prejudicar
o desenvolvimento social e intelectual dos jovens que estão em um espaço
singular de aprendizagens múltiplas.
Portanto, haja visto que na escola o
bullying e violência estão presentes,
assim na escola como em todos os ambientes sociais. Contudo, deve-se a todo o
momento intervir para que as brincadeiras de baixo calão saiam do senso comum e
não ocasione problemas psicológicos, físicos e morais as vítimas. E, aqui, especificamos a escola como foco
principal do bullying, pois é nessa
instituição que encontramos um grande número de crianças e jovens de diferentes
grupos sociais e culturas, que por vezes acham comum “tirar o sarro” um do
outro. Desta maneira, a título de sugestão, as escolas deviam proporcionar a cada
3 ou 4 meses acompanhamento psicológico com os alunos da educação básica.
Todavia, também é necessário reuniões com funcionários de todos os setores da
escola juntamente com os pais levando-os a escola para compreenderem todos os
espaços da escola/sociedade como efetivos educadores de seus espaços ao qual
estão inclusos.
Referências Bibliográficas
Graduado em
História Licenciatura pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – (UVA).
Professor na Instituição de Educação Básica: Escola Vida de Hidrolândia –
Ceará. Atuou como Bolsista (PIBID/História – UVA). Membro do Núcleo de Estudos
Afro-brasileiras e Indígenas (NEABI) do Instituto Federal do Ceará (IFCE),
Campus Sobral. E-mail: pnsousa_100@hotmail.com
Graduando do
curso superior licenciatura em História pela Universidade Estadual Vale do
Acaraú – UVA. (Bolsista PIBID/História – UVA). E-mail: willan.alves.s@gmail.com
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SCHMIDT,
Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione,
2009.
Anexos
Figura 1 Foto por Willan Silva: trabalho em
equipe
Figura 2
Foto por Willan Silva: Mural
Figura 3
Foto por Paulo Ênio Melo: Apresentação da Intervenção "Os malefícios do
Bullying"
Olá Paulo Ênio e Willan, inicialmente gostaria de parabenizar pelo trabalho e tema. E que tema! Muitas vezes esquecemos do princípio basilar do componente de história na educação básica que é formar cidadãos críticos e reflexivos. Esta crítica e reflexão acerca da cidadania se dá através de várias temáticas onde, nas escolas, por vezes, infelizmente, passa desapercebido. O bullying e outras tantas temáticas são essenciais para se "atingir" esse pensamento preconizado por lei e pelas diretrizes curriculares. A BNCC traz a máxima das competências socioemocionais, que abrangem essas questões. Muito mais importante é ressaltar a importância do PIBID nestas atividades! Programa que, infelizmente, sofreu e sofre duros ataques por parte do Governo Federal.
ResponderExcluirJefferson Fernandes de Aquino
Olá, Jefferson Fernandes!
ExcluirObrigado pela consideração ao trabalho. Tem razão, concordo com você, existi uma perseguição muito grande à educação nesse país, principalmente nos últimos anos. Vivemos em momentos de vigilância, neste caso, e nos casos problemáticos ao Bullying em sala de aula. Como escrevemos no texto, grandes problemas são causados por ele. Portanto, essa atividade serviu muito bem como uma "via de mão dupla". De um lado denunciar uma formação mais empática no espaço escolar, e de outro, nos faz como perpetuadores de uma educação inovadora proposta pelas ações do Programa Institucional de Iniciação a Docência. Pensar a atuação e o papel na nossa formação enquanto bolsistas deste programa essencial na formação acadêmica.
Paulo Ênio de Sousa Melo.
Abraços!
Muito pertinente a ação contra o bullying, este que afeta direta e indiretamente no aprendizado em sala de aula, e que a escola, como instituição social, tem o papel de intervir nessas relações, ao propor projetos e reflexões. Contudo, muitos professores não estão preparados para lidar com essas situações, nesse sentido, como os cursos de História abarcam essa questão? Existe alguma leitura e formação sobre as violências existentes na escola e as maneiras de intervir?
ResponderExcluirIsabelly Pietrzaki Pereira
Olá, Isabelly Pietrzaki Pereira, boa Tarde!
ExcluirMuito bom seu comentário! Assim como você, percebemos que muitos cursos ainda estão por melhorar suas atividades, enquanto ao assunto do Bullying, assim como aos demais do cotidiano escolar. Acredito que as disciplinas de Estágio Supervisionado tem desenvolvidos projetos voltados para as observações em sala de aula, principalmente aos assuntos tratados no texto. Nesta ação que aplicamos seguimos demandas da própria escola, assim como propostas dos nossos diálogos nas reuniões do PIBID. Muitas alunos percebiam o assunto, nesta questão buscamos formação, leituras e métodos de propor projetos para melhorar a questão e até mesmo nossa atuação enquanto formadores. Sugerimos as referências deste artigo e textos relativos a formação cidadã com perspectiva de um ensino democrático. Textos de Moacir GADOTTI, Maria Auxiliadora SCHMIDT, entre outros sobre Socilogia da Educação; Michael Young.
YOUNG, Michael. Para que servem as escolas?. Educação & Sociedade. Campinas, vol. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br Acesso em: 20 /08/2018.
Abraços!
Obrigada pela resposta e referências!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns Paulo e Willan pelo trabalho, tendo em vista todos os problemas sociais emocionais que passam os jovens das periferias nas quais se situam as escolas na qual fazem parte o programa PIBID, tendo como base a minha experiência enquanto bolsista. Temas como esses são de bastante pertinentes e necessário no âmbito escolar, trazer para a sala de aula é mostrar pra eles que se importam e que eles podem contar com uma ajuda. A Educação pública necessita de iniciativas assim , para assim formar pessoas com consciência humana e não meras máquinas para o mercado de trabalho.
ResponderExcluirSucesso.
(Maria do Carmo Rodrigues do Nascimento)
Obrigado, Maria do Carmo!
ExcluirTem razão, não estamos formando "máquinas para o mercado de trabalho". Muito pelo contrário, queremos formar bons cidadãos. Principalmente aqueles que se importam com os humanamente com o outro, colocando as questões de ética, respeito, no geral, alteridade para com o próximo. Pena que parece que o Governo pensa mais nas estatísticas e números visando ao mercado.
Abraços.
Paulo Ênio de Sousa Melo.
As escolas estão falando mais do bullying, promovendo eventos para resolver a problemática dentro das salas de aula, porém percebemos que os índices de violência moral e física continuam muito altos nas escolas brasileiras. Como explicar isso?
ResponderExcluirLoíze de Souza Gama
Obrigado Loíze de Souza Gama por seu cometário. muito boa sua observação, as escola tem sim uma preocupação com a temática em questão, perincipalmente nos últimos tempos em que tem se difundido uma cultura de violência e desrespeito as diversidades em nosso país. Contudo a formação de um individuo não depende somente da escola, o individuo está inserido em um contexto amplo, fazem parte de uma sociedade, de uma comunidade e de uma família, e se esse não estão preocupados com o desenvolvimento de uma cultura de paz, de nada surtirá efeito as interversões da escola, como bem diz o ditado "uma andorinha só não faz verão". Entretanto para que haja uma conscientização do aluno e o desenvolvimento da cultura de paz a família e as demais instituições sociais devem trabalhar em conjunto desenvolvendo ações, só assim poderemos ver os índices de violência diminuírem.
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