Paulo Ênio de Sousa Melo e Willan Alves da Silva


BULLYING E VIOLÊNCIA EM SALA DE AULA: QUE JOVENS ESTAMOS FORMANDO?



O presente relato tem como temática: bullying e violência em sala de aula.  Em seu conteúdo apresentamos um olhar como fruto de nossa experiência com o Programa de Bolsa de Iniciação à Docência – (PIBID) do Subprojeto História da Universidade Estadual Vale do Acaraú – (UVA). Nele propomos a apresentação e discursão sobre praticas que consideramos preconceituosas e que vão de encontro a educação inclusiva e empática que desejamos no ambiente escolar, uma educação que respeite as raças, gêneros, regiões e gerações. Entretanto, munidos com o desejo de despertar a consciência dos alunos para tais atos caracterizados como bullying, propomos uma aula intervenção para o conhecimento e sociabilidade entre os discentes e docentes junto à produção de material (mural) sobre o assunto abordado, o qual se objetivou despertar nos alunos uma consciência a respeito dos malefícios causados para quem sofre as ações preceituosas no cotidiano escolar. Que elencou os principais tipos a características dos efeitos do bullying em sala de aula na educação básica.

Introdução

Participando como bolsistas do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência – (PIBID), e por isso vivenciado o ambiente escolar passamos a pensar sobre as relações no cotidiano de tal ambiente, o que nos deu subsidio para planejarmos e consequentemente realizamos uma intervenção como forma de conscientizar sobre o bullying e seus malefícios,  os alunos da Escola de Ensino Fundamental e Médio Ministro Jarbas Passarinho, localizada na periferia da cidade de Sobral no estado do Ceará. Este relato foi elaborado como forma de analisarmos os resultados após a aplicação da intervenção “Os malefícios do bullying na sociedade contemporânea”, que objetivou em apresentar as dificuldades vivenciadas por professores e alunos com o bullying e violência na escola. Além disso, objetivando compreender a ação dos alunos frente às práticas preconceituosas ou qualquer ação que se caracteriza como intitulado na aula intervenção, objetivando a conscientização da comunidade escolar, sejam os alunos, os professores e demais profissionais, vigias, merendeiras, coordenadores pedagógicos, diretores, enfim a comunidade escolar como todo, sobre os malefícios para quem pratica atos discriminatórios, por exemplo.

Por meio dos resultados buscamos aqui refletir sobre a prática do ensino de história na formação do cidadão. Pois, entendemos que a disciplina de História nos dá ferramentas para discutir valores morais e éticos presente em nossa sociedade, e assim inclua o aluno em uma educação para a cidadania, de modo que este possa visibilizar o estudo histórico como forma de criticar os padrões sociais e conhecer o processo de formação de sua sociedade. O aluno conhecendo o processo histórico da sociedade a qual está inserido estimula-o a ter empatia aos negros e indígenas que são os que sofrem com maior incidência com o bullying.

Sobre o ensino de História como meio para se atingir os objetivos de uma educação cidadã, Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli (2009) destacam:

“O objetivo é uma consciência crítico-genética, cuja relação presente-passado seja fundamentada em narrativas mais complexas, que se prestem a uma orientação temporal para a vida presente, baseados em alguns princípios, como liberdade, democracia e diretos humanos, fundamentos de uma formação para a cidadania.” (p.69)

E ao ensejamos uma educação pautada no bom convívio em sala de aula, sem discriminações raciais e preconceitos, refletimos nesse trabalho como se dá a pratica do bullying, que muitas das vezes, acaba se caracterizando como violência escolar. Reiterando a necessidade de refletir sobre esse assunto, Sheila Lucas Só (2010):

“Dessa maneira, devemos refletir sobre o nosso papel enquanto educadores, nossas práticas, a relação que estabelecemos com nossos alunos e o compromisso que temos com a educação, para que possamos tomar a iniciativa de interferir no momento adequado e de forma adequada, facilitando as aprendizagens, num ambiente onde haja respeito mútuo, solidariedade e cooperação.” (p.24)

Nestas mesmas perspectivas, apontar na escola, esta violência que é apontado por educadores como sendo um dos grandes problemas mais recorrentes dentro das escolas na atualidade. Diante dos vários acontecidos noticiados em jornais, revistas e de nossa convivência no espaço escolar podemos perceber que alunos das escolas em todo o país sofrem e/ou praticam bullying. Dentre os principais exemplos observados na escola, encontramos os mais variados tipos de preconceito, sendo os mais frequentes os preconceitos de gênero, características descritivas, penteados, formas do cabelo e de preconceito étnico racial. Sobretudo, as práticas de nomes e apelidos destinados aos afrodescendentes, oriundos da periferia da comunidade escolar, se fazem com mais frequência no ambiente escolar.

O bullying é uma pratica maldosa e por isso nada tem de benefícios na vida de uma pessoa, ao contrario, causa problemas psicológicos no individuo que sofre as agressões. Os principais problemas psicológicos ocasionados em destaque denunciados pelas pesquisas estão presentes a depressão uma das doenças que atinge um grande número de brasileiros, jovens e adultos. Devido esta doença, muitas das vezes, as pessoas que sofrem determinados atos não denunciam e não têm a coragem ou o ânimo para buscar ajuda e, também, os professores e demais profissionais não conseguem detectar as práticas discriminatórias.

Logo, a atuação como bolsistas conciliou teoria e prática através de aulas oficinas, onde foi possível o discente em história compreender as suas atuações quando dispõe dessa vivência no espaço escolar. Passamos a refletir compartilhando neste trabalho se realmente queremos enfrentar os desafios que estão interlaçados a esse ofício. A título de formação e crítica ao trabalho na docência, nos vimos obrigados a estudar e propor soluções para a geração de empatia entre os jovens. Portanto, a aplicação da intervenção foi fundamentada por leituras bibliográficas referentes a temática que nos leva a entender formas práticas de lidar com o bullying em sala da educação básica.
 Desta maneira, realizou-se como sendo de grande valia para pensarmos, seja em métodos de enfrentar e, buscando soluções viáveis para quando viéssemos vivenciar tais práticas em nosso cotidiano escolar.
 Para tanto, foi planejado um modo de levar essa temática para os alunos de uma maneira que eles pudessem participar e assimilar a proposta da intervenção, em especial, nas turmas do 3ª ano da escola supracitada.

Justificativas

A aplicação da atividade pelos bolsistas PIBID História-UVA foi de fundamental importância, pois, alunos, muitas das vezes, socializam com agressão exprimindo apelidos, nomes fictícios, formas verbais que acabam gerando medo e isolamento para a aqueles que são submetidos a tal processo. Entretanto, nem sempre os que praticam tais ações contra seu colega sabem as consequências que envolvem as suas praticas. Partindo dessa proposição foi necessário se conhecer as formas de bullying para prevenir futuras consequências para os jovens da escola Ministro Jarbas Passarinho.

A elaboração da intervenção se deu pelo fato de nos bolsistas presenciarmos várias ações as quais e caracterizava como bullying, bem como também nos vários relatos dos professores e gestores da escola.

E, nesse contexto, a convivência no cotidiano escolar é importante que desenvolvamos percepções das mais variadas. Nesse processo, entra em cena o papel do professor educador, já que este tem um maior contato com alunos, sendo isso primordial para identificar agressões, nomes que são tidos como de baixo calão entre outras ações que causam preconceitos contra os colegas, tanto em sala de aula quanto nos intervalos e em outros ambientes da escola. Nesse sentido, com análises das situações que se traduz em constrangimentos aos alunos que sofrem as ações, torna-se necessário a aplicação de projetos objetivando amenizar o sofrimento dos alunos que padecem com bullying na escola tanto quanto violência em casa, sendo este um caminho possível para um melhor desenvolvimento da aprendizagem como a empatia dentro da escola, que tem como finalidade educar para se conviver em sociedade.

Desta maneira, muito se discute de violência e bullying em sala de aula, no entanto ainda as medidas adotadas pelos gestores são muito tímidas e parecem ineficazes para desenvolver a empatia nas relações do cotidiano escolar. Por isso que é tão importante estar atento ao cotidiano e propor momentos de intervenções para iniciar o processo de reeducação dos hábitos do cotidiano escolar.

Se destaca que o “fenômeno” bullying é uma ação recorrente em diversos ambientes no cotidiano de crianças, jovens e adultos que por muitas vezes no dia a dia estão expostos quase por obrigação a essa prática de violência. Na escola, por exemplo, espaço privilegiado de nossa análise encontramos essa forma de violência de forma mais explicita, pois, são vários jovens que estão formando sua personalidade, e tal modo, esse tipo de violência está presente, visto que sentem dificuldades em aceitar a diferença do próximo, seja ela de raça, cor, religião, orientação sexual dentre outras.
Conforme na nota de entrevista ao Ministério da Educação (2015), a Professora Carla Dias, reitera:

“Tratar de bullying é também tratar da questão da diferença, da diversidade, do respeito, do acolhimento. A escola muitas vezes potencializa estas questões, que estão presentes na sociedade, como a intolerância religiosa, a questão racial, as questões de gênero, dentre outras.” (Carla Dias, 2015)

Logo, tais ações deviam serem com menos frequência devido estarem sob observações de um professor e um núcleo gestor. Mas, entretanto, como já discutido, nem sempre os educadores conseguem captar todas as ações realizadas pelos alunos no cotidiano escolar. Além desse, na escola, não negamos as outras formas e lugares, como em casa, nos bares, nas ruas entres outros lugares onde os atos acontecem, não fazemos estas outras análises, pois foge do nosso campo de análise e estudo para este trabalho.

A caracterização do bullying, segundo SÓ (2010), se dá pela forma que é praticada, sendo elas psicológicas, físicas ou verbais. Para tanto é necessário se compreender tanto quem pratica como verificar as consequências para aquele que está sob julgo do aluno que tem mais “força” “verbal ou muscular” que desencadeia nas ações feitas sem pesar nas consequências no outro.

O bullying escolar, como destaca RISTUM (2010) é uma forma de violência caracterizada por agressões morais e físicas entre alunos, sejam crianças, adolescentes ou jovens e até mesmo professor, dentro do ambiente escolar. Qualquer forma de intimidação que seja repetitiva com o mesmo alvo é considerada bullying.  Isto pode acarretar doenças psicológicas que podem levar o aluno a abandonar a escola ou até mesmo algo mais grave como a depressão que pode lavar ao suicídio.

A escola é a segunda instituição social logo após a família, em que o individuo tem contato, de tal modo, é tida como referência de espaço educador de grande importância para a formação do jovem que irá contribuir para o bom desenvolvimento da sociedade. Contudo, essa ideia surgi quase como uma utopia, onde sabemos que existem inúmeros outros fatores que contribuem para um bom desenvolvimento do jovem crítico da e na sociedade em que está inserido. É necessário se compreender as relações familiares, relações entre amigos fora e dentro da escola, estas que de todo modo, são esses apunhalado de relações sociais que irá contribuir para essa formação social criativa, boa ou ruim deste jovem.

Nesse sentido, a violência existe sim nos espaços escolares. Não devemos só observá-la, mas também buscar meios para amenizar e/ ou acabar, de forma que os professores e educadores possam oferecer uma formação mais efetiva, educando os jovens para a uma formação mais consciente de suas ações tanto dentro da escola como fora dela, na sociedade e nos seus grupos de relacionamentos.

Objetivando uma formação e desenvolvimento da consciência nos jovens na escola, propomos  ações para instigar uma empatia dos seus jovens que estão em formação, são ações que possam trabalhar as várias habilidades presentes na escola integrando-os de forma efetiva e organizando trabalhos em equipe para conheceram as suas habilidades e a importância dentro de um grupo como compreendendo as limitações de cada membro.

Na intervenção, “Os malefícios do bullying na sociedade contemporânea”, buscamos trabalhar ações deste tipo como o trabalho em equipe, que mesmo os alunos realizando uma produção individual, buscamos esse espirito de coletividade ao propor que os mesmos dividissem suas revistas para recorte e outros materiais como cola e tesoura, além de reconhecer as habilidades e pessoas e interpessoais. Desse modo, podemos analisar as ações de cada indivíduo e importância anulando as brincadeiras que excluem alguns causada pela violência ou bullying em sala.

Quando nos referimos ao bullying em sala de aula estamos apontando vários responsáveis que vão desde a comunidade escolar ao núcleo familiar do aluno, contudo, o núcleo gestor, os funcionários da escola e principalmente o professor. Logo, muitas vezes o professor não deve ser encarregado de toda a culpa das ações indisciplinares dos alunos, mas este deve estar atento às diversas formas de relações dentro de suas salas. Ademais é muito importante compreender que o professor muitas vezes está com muitas salas com superlotação e não consegui dar a mesma atenção para todos os alunos, sendo necessário um profissional apto especialmente para dá assistência aos alunos nesses casos de violência, daí que muito se discute sobre a importância de psicólogos nas escolas.

A profissão de professor educador exige muitas qualidades, nesse sentido o professor tem que ser astuto nas suas ponderações principalmente nas ações contra o bullying e violência nas suas aulas. Mas o principal objetivo do professor dentro da sala diante de brincadeiras é não colaboração com práticas e apresentar os devidos cuidados dentro das relações com o outro. E parentar de forma consciente os malefícios do bullying na vida de um jovem.
E, também, para o ensino tanto de história como as questões relativas à educação, reverbere no desenvolvimento de consciência cidadã, quem nos diz é Moacir Gadotti:

“O papel da escola (cidadã), nesse contexto, é contribuir para criar as condições que viabilizem a cidadania, por meio da socialização da informação da informação, da discussão, da transparência, gerando uma nova mentalidade, numa nova cultura, em relação ao caráter público do espaço da cidade.” (p.136)

Para tanto, a escola na cidade torna-se como mais um espaço para se refletir sobre as questões relativas ao ensino e para o desenvolvimento do conhecimento que os jovens estudantes não teriam em seu contexto social. A escola, nesse sentido e, principalmente, o professor, deve ser sensível para estas questões que colaboram para a formação da consciência cidadã na disciplina de História.

Resultados: produto dos alunos do 3ª ano A

A intervenção iniciou com a dinâmica da “Adjetivação”, onde foi distribuído aos alunos um pequeno papel e neste teriam que colocar seu nome, é assim foi feito. Após essa parte, os alunos foram passando o papel com seu nome para o colega ao lado, para que estes pudessem lhe atribuir um adjetivo, ao final da dinâmica os alunos foram adjetivados por todos os seus colegas de classe.

Percebemos que ao receberem seus adjetivos alguns alunos não reagiram bem, e ao serem questionados por tal ação descobrimos o quanto o bullying está presente na sala de aula como forma de brincadeiras, pois alguns alunos receberam adjetivos preconceituosos como: “gorda”, “tição”, “burro”, “viado” dentre outros.

A partir desse primeiro momento, os bolsistas começaram um debate com os alunos com a seguinte questão: “Não faça com o outro o que você não quer que faça com você”. Nesse momento os alunos já estavam entusiasmados com a discursão, expressando suas opiniões e relatando casos vivenciados por eles mesmos e por outros colegas. Era nítido que os alunos já tinham um embasamento sobre o tema, contudo, para levar mais esclarecimento encaramos todos os exemplos de forma a  da continuidade a atividade planejada, com a fundação teórica, expormos aos alunos toda a contextualização sobre o bullying, seus tipos e malefícios para o individuo, a comunidade escolar assim como também para sociedade como todo.

Após esses apontamentos, expostos verbalmente pelos bolsistas com o auxilio de imagens e vídeos através da utilização de “Datashow”. Os alunos realizaram uma pesquisa em revistas distribuídas pelos bolsistas, logo após foi proposto que fossem feitos uma colagem (uma montagem de um corpo humano, com partes diversas adquirindo assim diversos corpos com funções e estruturas físicas diferentes). Posteriormente foi feito um relatório de experiência com o bullying e violência, que tinham vivenciado. O objetivo da atividade é que os alunos pudessem perceber que as pessoas são diferentes umas das outras e que temos que conviver respeitando essas diferenças.

Por fim, foi possível a participação dos alunos apresentando suas produções aos bolsistas, referente ao que tinham explicado durante a introdução metodológica, que se deu pela definição do termo Bullying, e posteriormente suas especificações e causas. Ficou perceptível que os alunos puderam identificar diferentes formas de bullying em sala de aula; apelidos, nomes fictícios, palavras de baixo calão e entre outras agressões verbais que se enquadram dentro do campo da violência que uma hora ou outra acarretam problemas psicológicos aos alunos que sofrem determinadas ações.

Considerações finais

A escola de todo modo tem que intervir com políticas internas que compreendam a realidade social de seus alunos, incentivando com formações seu núcleo docente a criarem projetos de inclusão as diferenças sócias existentes tanto no ambiente escolar como na sociedade como todo. Nesse ponto podemos ver a disciplina de História como um meio a levar esses discursões aos alunos ao estudarem a culturas de determinados povos, promovendo assim o espirito de alteridade e empatia.

E, ao realizamos a intervenção na escola, percebemos que os alunos estão dispostos e abertos a discutir sobre a violência escolar, basta o que os professores estejam entusiasmados a conduzir a temática em sala de aula. Para isso, poderão intervir com diálogos aberto a todos os alunos ensinando-os a desenvolver a empatia ao próximo dentro de atividades inclusivas, como jogos, gincanas de forma interdisciplinar e disciplinar dentro de suas explanações e objetivos de suas disciplinas.

Fazendo uma análise de nossa experiência com alunos e essa temática, proporcionada pelo PIBID, apontamos também como uma possível solução da problemática na escola, a construção de um projeto de longo prazo que ao final seja realizado uma culminância dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos durante o ano.  A escola deveria promover uma semana de humanidades proporcionando debates, palestras, oficinas que tenham como objetivo a luta contra o preconceito e as diferenças sociais, bullying e violência na escola. Para tanto, deve-se discutir até onde as brincadeiras são tidas como bullying, para que não venha prejudicar o desenvolvimento social e intelectual dos jovens que estão em um espaço singular de aprendizagens múltiplas.

Portanto, haja visto que na escola o bullying e violência estão presentes, assim na escola como em todos os ambientes sociais. Contudo, deve-se a todo o momento intervir para que as brincadeiras de baixo calão saiam do senso comum e não ocasione problemas psicológicos, físicos e morais as vítimas.  E, aqui, especificamos a escola como foco principal do bullying, pois é nessa instituição que encontramos um grande número de crianças e jovens de diferentes grupos sociais e culturas, que por vezes acham comum “tirar o sarro” um do outro. Desta maneira, a título de sugestão, as escolas deviam proporcionar a cada 3 ou 4 meses acompanhamento psicológico com os alunos da educação básica. Todavia, também é necessário reuniões com funcionários de todos os setores da escola juntamente com os pais levando-os a escola para compreenderem todos os espaços da escola/sociedade como efetivos educadores de seus espaços ao qual estão inclusos.

Referências Bibliográficas

Graduado em História Licenciatura pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – (UVA). Professor na Instituição de Educação Básica: Escola Vida de Hidrolândia – Ceará. Atuou como Bolsista (PIBID/História – UVA). Membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiras e Indígenas (NEABI) do Instituto Federal do Ceará (IFCE), Campus Sobral. E-mail: pnsousa_100@hotmail.com

Graduando do curso superior licenciatura em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. (Bolsista PIBID/História – UVA). E-mail: willan.alves.s@gmail.com

PASSOS, Laurizete Ferragut; OLIVEIRA, Neusa da Silva Cardoso de. Professores não habilitados e os programas especiais de formação de professores: A tábua de salvação ou a descaracterização da profissão? Revista Diálogo Educacional, v. 8, n. 23, Curitiba. p. 105-120. jan./abr. 2008.

MEOTTI, Juliane Prestes; PERÍCOLI, Marcelo.A postura do professor diante do bullying em sala de aula. Revista Panorâmica On-Line. Barra do Garças – MT, vol. 15, p. 66 - 84, dez. 2013.

OLIVEIRA, Willer Carlos de. O papel do professor diante do bullying na sala de aula. 2012. 47 folhas. Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2012.

RISTUM, M. Bullying escolar. In: ASSIS, SG., CONSTANTINO, P., and AVANCI, JQ., orgs. Impactos da violência na escola: um diálogo com professores [online]. Rio de Janeiro: Ministério da Educação/ Editora FIOCRUZ, 2010, pp. 95-119.

, Sheila Lucas. Bullying nas escolas: uma proposta de intervenção. 2010. 33 folhas. Monografia (Curso de Especialização em Psicologia Escolar). Universidade Federal do Paraná, Instituto de Psicologia, Porto Alegre, 2010.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Especialistas indicam formas de combate a atos de intimação. 2015. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34487> Acesso em <05/03/2019>.

GADOTTI, Moacir. A escola na cidade que educa. Cadernos Cenpec: pesquisa e ação educacional. 2006, v.1. n. 1. p.133-139. Disponível em <http://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/160>. Acesso em < 05/03/2019>.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2009.

Anexos
Figura 1 Foto por Willan Silva: trabalho em equipe
Figura 2 Foto por Willan Silva: Mural
Figura 3 Foto por Paulo Ênio Melo: Apresentação da Intervenção "Os malefícios do Bullying"
Figura 4 Foto por Paulo Ênio Melo: Dinâmica






10 comentários:

  1. Olá Paulo Ênio e Willan, inicialmente gostaria de parabenizar pelo trabalho e tema. E que tema! Muitas vezes esquecemos do princípio basilar do componente de história na educação básica que é formar cidadãos críticos e reflexivos. Esta crítica e reflexão acerca da cidadania se dá através de várias temáticas onde, nas escolas, por vezes, infelizmente, passa desapercebido. O bullying e outras tantas temáticas são essenciais para se "atingir" esse pensamento preconizado por lei e pelas diretrizes curriculares. A BNCC traz a máxima das competências socioemocionais, que abrangem essas questões. Muito mais importante é ressaltar a importância do PIBID nestas atividades! Programa que, infelizmente, sofreu e sofre duros ataques por parte do Governo Federal.

    Jefferson Fernandes de Aquino

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    1. Olá, Jefferson Fernandes!
      Obrigado pela consideração ao trabalho. Tem razão, concordo com você, existi uma perseguição muito grande à educação nesse país, principalmente nos últimos anos. Vivemos em momentos de vigilância, neste caso, e nos casos problemáticos ao Bullying em sala de aula. Como escrevemos no texto, grandes problemas são causados por ele. Portanto, essa atividade serviu muito bem como uma "via de mão dupla". De um lado denunciar uma formação mais empática no espaço escolar, e de outro, nos faz como perpetuadores de uma educação inovadora proposta pelas ações do Programa Institucional de Iniciação a Docência. Pensar a atuação e o papel na nossa formação enquanto bolsistas deste programa essencial na formação acadêmica.
      Paulo Ênio de Sousa Melo.
      Abraços!

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  2. Muito pertinente a ação contra o bullying, este que afeta direta e indiretamente no aprendizado em sala de aula, e que a escola, como instituição social, tem o papel de intervir nessas relações, ao propor projetos e reflexões. Contudo, muitos professores não estão preparados para lidar com essas situações, nesse sentido, como os cursos de História abarcam essa questão? Existe alguma leitura e formação sobre as violências existentes na escola e as maneiras de intervir?

    Isabelly Pietrzaki Pereira

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    1. Olá, Isabelly Pietrzaki Pereira, boa Tarde!
      Muito bom seu comentário! Assim como você, percebemos que muitos cursos ainda estão por melhorar suas atividades, enquanto ao assunto do Bullying, assim como aos demais do cotidiano escolar. Acredito que as disciplinas de Estágio Supervisionado tem desenvolvidos projetos voltados para as observações em sala de aula, principalmente aos assuntos tratados no texto. Nesta ação que aplicamos seguimos demandas da própria escola, assim como propostas dos nossos diálogos nas reuniões do PIBID. Muitas alunos percebiam o assunto, nesta questão buscamos formação, leituras e métodos de propor projetos para melhorar a questão e até mesmo nossa atuação enquanto formadores. Sugerimos as referências deste artigo e textos relativos a formação cidadã com perspectiva de um ensino democrático. Textos de Moacir GADOTTI, Maria Auxiliadora SCHMIDT, entre outros sobre Socilogia da Educação; Michael Young.
      YOUNG, Michael. Para que servem as escolas?. Educação & Sociedade. Campinas, vol. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br Acesso em: 20 /08/2018.
      Abraços!

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  3. Parabéns Paulo e Willan pelo trabalho, tendo em vista todos os problemas sociais emocionais que passam os jovens das periferias nas quais se situam as escolas na qual fazem parte o programa PIBID, tendo como base a minha experiência enquanto bolsista. Temas como esses são de bastante pertinentes e necessário no âmbito escolar, trazer para a sala de aula é mostrar pra eles que se importam e que eles podem contar com uma ajuda. A Educação pública necessita de iniciativas assim , para assim formar pessoas com consciência humana e não meras máquinas para o mercado de trabalho.
    Sucesso.
    (Maria do Carmo Rodrigues do Nascimento)

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    1. Obrigado, Maria do Carmo!
      Tem razão, não estamos formando "máquinas para o mercado de trabalho". Muito pelo contrário, queremos formar bons cidadãos. Principalmente aqueles que se importam com os humanamente com o outro, colocando as questões de ética, respeito, no geral, alteridade para com o próximo. Pena que parece que o Governo pensa mais nas estatísticas e números visando ao mercado.
      Abraços.
      Paulo Ênio de Sousa Melo.

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  4. As escolas estão falando mais do bullying, promovendo eventos para resolver a problemática dentro das salas de aula, porém percebemos que os índices de violência moral e física continuam muito altos nas escolas brasileiras. Como explicar isso?

    Loíze de Souza Gama

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    1. Obrigado Loíze de Souza Gama por seu cometário. muito boa sua observação, as escola tem sim uma preocupação com a temática em questão, perincipalmente nos últimos tempos em que tem se difundido uma cultura de violência e desrespeito as diversidades em nosso país. Contudo a formação de um individuo não depende somente da escola, o individuo está inserido em um contexto amplo, fazem parte de uma sociedade, de uma comunidade e de uma família, e se esse não estão preocupados com o desenvolvimento de uma cultura de paz, de nada surtirá efeito as interversões da escola, como bem diz o ditado "uma andorinha só não faz verão". Entretanto para que haja uma conscientização do aluno e o desenvolvimento da cultura de paz a família e as demais instituições sociais devem trabalhar em conjunto desenvolvendo ações, só assim poderemos ver os índices de violência diminuírem.

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