“A MODA
CONTA HISTÓRIA”: HISTÓRIA DA AMÉRICA E O PROJETO “CAIXA DE HISTÓRIA”
Em sala de aula, o tema “Independência
da América Hispânica” é muitas vezes tratado de maneira rasa. Nota-se, que há
poucas produções didáticas e dinâmicas envolvendo o tema. Por isso, dedicamos
nosso olhar à essa temática dentro do projeto “Caixa de História”, com a
perspectiva sobre a moda, e a produção de um álbum com imagens para serem
problematizadas.
Nosso projeto teve como objetivo
ajudar o docente em sala de aula, proporcionando uma aula divertida com o contato
com fontes históricas, o que é muito significativo para a aprendizagem, no qual
o aluno torna-se produtor de conhecimento ao analisá-las. Optou-se pela moda,
em razão de que esta é muito significativa e próxima do estudante.
Assim, conciliando textos sobre as
temáticas, produzimos um álbum com uma iconografia específica para pensar a
moda no contexto do Independência da América e no período da Guerra do
Contestado, processo interessante para aproximar o aluno da história local e da
sua realidade. Optamos por inserir a Guerra do Contestado, porque é um evento
na qual a vestimenta foi um fator marcante durante o conflito, possibilitando a
educação do olhar dos discentes para o tema foco: Independência da América
Hispânica. Da mesma forma, visamos este projeto procurando aproximar a
comunidade de União da Vitória-PR, à Universidade, estabelecendo vínculos
através do que se chama de extensão universitária.
Nosso objetivo é mostrar aos
estudantes como a moda é uma construção histórica, e que é por si só, uma
interessante fonte que nos diz muito a respeito da sociedade, revelando as
relações de poder, distinção social, entre outros, em determinados contextos.
Ainda hoje, podemos notar como a moda
se transforma constantemente e reconfigura nossos padrões de beleza. Em um
curto período de tempo, as roupas do momento, por exemplo, se tornam
“ultrapassadas” e “antiquadas”. Dessa forma, usar roupas “da moda” lhe garantem
uma melhor posição social, de destaque. Esse exemplo é apenas um que mostra
como hoje a moda é ainda um instrumento de poder, de distinção social entre os
grupos, uma forma de expressão.
“Nos discursos do universo das roupas,
o indivíduo se coloca no mundo através de seu corpo vestido. Os trajes que o
cobrem são escolhas ou imposições que se constituem em discursos que formam seu
visual e, ao mesmo tempo, dialogam com os outros. Desta forma, a Moda forja o
sujeito através da construção de uma marca identitária que o relaciona com
todos àqueles que o cercam.” [DEBOM, 2014, p.2-3]
Fig.1 - Capa do Álbum “A moda conta História:
entenda a sociedade através dela”.
PEREIRA, Anna L.;
PARRA, Ligia D.; MONTEIRO, Anna L.; FLORZ, Elaine C. (2018)
O
que é uma “Caixa de História”?
Muitas vezes o docente se depara com
falta tempo e recurso para articular um grande projeto. Entretanto, hoje, com a
ampliação do acesso à internet, possuímos uma extensa biblioteca online
composta dos mais variados assuntos, possibilitando que as aulas de história
possam “aproximar os alunos do trabalho do historiador, desenvolvendo algumas
habilidades gerais, como a leitura e a escrita.” [ROCHA, 2012, p. 15]
O uso das tecnologias atreladas a
atividades dinâmicas desenvolvidas na sala de aula, fazem com que o processo de
aprendizagem seja ainda mais significativo, diante disso, a caixa de história é
uma boa solução para variar a forma como o professor desenvolve os conteúdos
dentro da sala de aula. Ela é um
material didático composto de várias atividades que abordam um determinado tema
a partir de diferentes perspectivas.
Para isso, são utilizados tipos
variados de fontes históricas, como fotografias, jornais, filmes, documentos
oficiais, entre outros. Dentro da caixa, além das atividades são encontrados
pequenos guias, para auxiliar nas atividades propostas, também é incluso alguns
textos sugestivos para o professor lembrar de debater assuntos referentes a temática
durante as aulas.
A ideia da Caixa de História não é
limitar o professor, mas sim trazer uma diversificação para o ensino, com isso,
fica a cargo do educador verificar a melhor forma de aproveitar o que ela tem a
oferecer e ampliar a proposta, usar outros temas, levar outras fontes para a
sala de aula.
O projeto “Caixa de História” foi
elaborada na disciplina de História da América do curso de História da UNESPAR
de União da Vitória, nas quais os alunos optaram por diferentes temas. No
presente texto, vai se discutir a respeito da moda dentro do período e como ela
é significativa, conforme discutimos anteriormente.
A
guerra do Contestado e as imagens de Claro Gustavo Jansson
O conflito armado entre os estados de
Paraná e Santa Catarina é bastante conhecido entre os alunos de União da
Vitória- PR, e para pensar a moda, escolhemos imagens nas quais sejam bem
visíveis questões de distinção social e status, no qual o foco é a vestimenta.
Incluímos o tema “Guerra do Contestado”
visando valorizar a história e memória local, já que este evento é relembrado
na cidade através dos patrimônios históricos culturais, favorecendo a expansão
de conhecimentos históricos.
As fotografias também são importantes
fontes históricas do período, sendo importante ter um olhar atento a elas.
Assim, deve-se refletir sobre o procedimento de construção da imagem, se esta
pode ser interpretada como “verdade” histórica ou uma representação, buscando
captar a intencionalidade daquela que a tirou. É interessante perceber que uma
imagem tem vários significados que vão se manifestar conforme a subjetividade
daquela que o vê. [ARAÚJO, 2013, s/p]
Em relação ao contexto aqui exposto,
as fotografias utilizadas são do importante fotógrafo sueco Claro Gustavo
Jansson, que permaneceu no Brasil de 1891 a 1954, que se tornou uma referência
na região dos sertões de Paraná e Santa Catarina, por onde circulava.
As fotos escolhidas são do acervo
cedido pela família e baixadas via internet (COSTA, 2014). É preciso
analisá-las atentamente, uma vez que não são fotos espontâneas como aparentam
ser.
Para pensar a moda e a distinção social,
escolhemos fotos variadas, como as abaixo que retratam mulheres na região e
Porto União da Vitória (1912), mas também aquelas que são voltadas mais propriamente
para o conflito, como a dos homens em piquete de Pedro Ruivo. A seguir, algumas
das imagens escolhidas presente no álbum.
Fig. 2
PEREIRA, Anna L.;
PARRA, Ligia D.; MONTEIRO, Anna L.; FLORZ,
Elaine C. (2018)
Foto do interior do
álbum “A moda conta História”
Estes homens contratados pela
madeireira Lumber, eram responsáveis por auxiliar nas buscas as chamadas
cidades santas, onde habitavam os sertanejos.
Fig. 3
PEREIRA, Anna L.; PARRA, Ligia D.; MONTEIRO,
Anna L.; FLORZ, Elaine C. (2018)
Foto do interior do
álbum “A moda conta História”
A foto a seguir, assim como outras fotos
do período do Contestado, reflete a intenção de demonstrar os caboclos como
rendidos ao poder do exército, já na fase final do conflito. Nessa imagem é
possível problematizar com os alunos, as roupas dos indivíduos: quem eram os
sertanejos, o exército e a família do fazendeiro Henrique Wolland (também
presente na foto).
Fig. 4
PEREIRA, Anna L.;
PARRA, Ligia D.; MONTEIRO, Anna L.; FLORZ,
Elaine C. (2018)
Foto do interior do
álbum “A moda conta História”
A última imagem referente ao
contestado traz a cena da capitulação do líder sertanejo Bonifácio José dos
Santos, conhecido como Bonifácio Papudo, juntamente com o General Setembrino de
Carvalho. No canto direito, há a presença de uma família sertaneja tendo à sua
frente uma costela de gado. Além de toda essa gama de informações, é possível
notar na indumentária dos principais personagens da foto suas posições na
sociedade e poder. Há uma grande diferenciação entre as vestimentas do
sertanejo que representam o frio da região e a simplicidade, a do Coronel por
ser uma roupa mais requintada em comparação a do soldado que está presente à
esquerda da foto, que aparenta estar com as roupas sujas, amassadas e furadas.
Podemos notar aí a decadência do exército nos últimos anos de conflito.
Fig. 5
PEREIRA, Anna L.;
PARRA, Ligia D.; MONTEIRO, Anna L.; FLORZ,
Elaine C. (2018)
Foto do interior do
álbum “A moda conta História”
Tais imagens foram utilizadas para
manipular a visão da sociedade perante o exército em relação ao cumprimento das
suas funções no Contestado, mesmo a realidade dessa população sendo totalmente
diferente do que é apresentado, com muito mais violência. Assim, as imagens
devem ser utilizadas de forma a motivar o aluno para uma compreensão do espaço
onde está inserido, analisando através da perspectiva da moda, como ela se
modifica e como pode demonstrar através do vestuário as relações de poder.
No álbum também, optamos por adicionar
trechos de músicas de alguns compositores/autores regionais que retratam o
conflito por meio da arte, que é indispensável para o processo de ensino
aprendizagem. Dessa forma, é possível estimular o aluno a produzir músicas,
poemas e imagens para completar o álbum como um método de avaliação, que além
de promover interesse, estimula criatividade.
O
conflito na América Hispânica e Francisco de Goya
A invasão napoleônica em 1807, trouxe
profundas mudanças, novos conceitos, novas formas de governar. Assim, a partir
de 1810, ocorre uma sequência de movimentos de independência em vários locais,
no México, vice-reino da Nova Espanha, Buenos Aires e no vice-reino do Rio da
Prata, em todos esses locais surgem novos posicionamentos e projetos políticos.
Ainda nesse tempo, vemos outros
eventos acontecendo, como o nascimento do pensamento ilustrado dentro dos
reinados de Carlos III e Carlos IV. Igualdade, liberdade, direitos civis, leis
e a representação do constitucional laissez-faire econômico, como aborda a
historiadora Maria Elisa Mäder (2008, p. 227). Buscava-se ampliar a
prosperidade econômica, porém, da mesma forma feria-se interesses da elite
crioula espanhola
Assim, vivia-se em uma encruzilhada:
os partidos tradicionais que representavam a hegemonia social e cultural
inglesa e os partidos liberais francesas, que difundiam ideias ilustradas. No
meio disso, estava o povo, sofrendo com os desastres da guerra.
Durante o início do século XIX, a
Espanha era uma potência devido ser dona de um grande império colonial e
ultramarino. Entretanto, alguns acontecimentos a levam a uma grande
instabilidade, como quando Napoleão obriga Fernando VII a devolver o trono da
Espanha aos franceses.
Em Madri, o povo revoltado com a
presença de tropas francesas e com a partida da família real, em dois de maio
de 1808 rebela-se, dando início a Guerra de Independência que se espalha
rapidamente durando até 1813.
Desenrola-se então um conflito
terrível, formado por torturas, desolações, miséria, produtos extremamente
presentes nas telas de Goya. O pintor retrata as consequências da guerra, fome,
destruição, doença e morte.
Esta obra abre a série de pinturas que
retrata a Guerra de Independência, seu título é “Tristes pressentimentos de lo
que ha de acontecer”. O homem implora,
implora para a guerra, para a injustiça e a barbárie que está por vim,
encontrando-se sozinho, suas vestes representam a miséria de um povo que com a
guerra torna-se ainda maior.
Fig. 6
PEREIRA, Anna L.;
PARRA, Ligia D.; MONTEIRO, Anna L.; FLORZ,
Elaine C. (2018)
Foto do interior do
álbum “A moda conta História”
Nesse contexto, Goya trata dos
sujeitos daquela barbárie, dos homens, mulheres, crianças e idosos que foram
afetados pela crueldade dos exércitos. Goya pinta os protagonistas da história.
A Guerra da Independência é marcada por extrema violência, combates de corpo a
corpo, frequente uso de armas brancas, facas e facões são usados pela população
para a defesa dos povos e das cidades. Retrata além disso, os abusos constantes
que as mulheres sofriam e também a pobreza daquela população.
Sob o título “Si son de outro linage”,
nessa pintura podemos observar como as classes sociais são bem distintas, o
rosto massacrado dos mendigos é muito marcante de frente para a boa
indumentária dos oficiais, além de bem vestidos aparecem gozando de boa saúde.
Fig. 7
PEREIRA, Anna L.;
PARRA, Ligia D.; MONTEIRO, Anna L.; FLORZ, Elaine C. (2018)
Foto do interior do
álbum “A moda conta História”
Em contrapartida, Goya alguns anos
antes de retratar “los desastres de la guerra”, retratou sujeitos tanto da
elite intelectual da Espanha, quanto sujeitos que possuíam títulos de nobreza.
Como é o caso do Conde de Floridablanca, que a partir de 1883 passa a
patrocinar Goya, um sujeito que possuía certamente uma boa condição financeira,
representada fielmente pelas suas vestes nesta obra.
Fig. 8
PEREIRA, Anna L.;
PARRA, Ligia D.; MONTEIRO, Anna L.; FLORZ, Elaine C. (2018)
Foto do interior do
álbum “A moda conta História”
Outro sujeito importante que Goya retratou
foi o senhor Gaspar Melchor de Jovellanos, um escritor
espanhol, jurista e político esclarecido.
Percebe-se ao longo das imagens de Goya, como a moda
francesa está evidente. Suas obras são ricas para mostrar o quadro da guerra,
portando diferentes significados.
Fig. 9
PEREIRA, Anna L.;
PARRA, Ligia D.; MONTEIRO, Anna L.; FLORZ, Elaine C. (2018)
Foto do interior do
álbum “A moda conta História”
A
Moda conta História: um álbum em construção
As relações entre universidade e
comunidade são muito importantes. Este trabalho surgiu pensando nesta
necessidade, procurando explorar a temática do Contestado, presente na cidade
principalmente através da preservação do patrimônio histórico da cidade; e também
a história em torno da Independência da América Hispânica, eventos distintos
que devem ser analisados atentamente, mas sob a mesma perspectiva: a moda.
Assim, procurando despertar o
interesse do aluno para algo próximo da realidade, entendemos que isso poderia
ser uma boa estratégia para educar o olhar para a vestimenta quando em contato
com as pinturas retratadas por Goya na América Hispânica.
Finalmente, através do álbum podem ser
exploradas diversas perspectivas de ensino, seja colocando fontes históricas em
contato com o estudante, ou mesmo incentivando estes a continuar a montar o
álbum, abarcando diferentes contextos históricos e tornando os alunos
participantes assíduos do processo de aprendizagem histórica. O álbum completo
pode ser encontrado na internet, no Museu Deolindo Mendes Pereira.
Referências:
Anna Luiza Pereira e Ligia Daniele
Parra são acadêmicas do curso de História da Universidade Estadual do Paraná -
UNESPAR. Este trabalho foi realizado em conjunto com as alunas Anna Luiza Monteiro
e Elaine Cristina Florz, sob orientação de Michel Kobelinski.
ARAÚJO, M. d. Era uma vez uma imagem. Revista de História
da Biblioteca Nacional, ano 8, n. 92, 2013. In: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/educacao/era-uma-vez-uma-imagem.
DEBOM, Paulo. O vestuário e a moda enquanto fontes para o
estudo da história. IN: Anais do XVI Encontro Regional de História da
Anpuh-Rio: Saberes e Práticas Científicas, Rio de Janeiro, 2014.
COSTA, Paulo José da. Porto União da Vitória sob
olhar de Claro Jansson (1912), 2014, in: https://paulodafigaro.blogspot.com/search?q=contestado.
MÄDER, Maria
Elisa Noronha de Sá. Revoluções de independência na América Hispânica: uma
reflexão historiográfica. Revista de História, n.159, 2008, p.225-241.
ROCHA, Helenice. Caixa de história
local: criação e recriação na prática docente. XVI ENDIPE - Encontro Nacional
de Didática e Práticas de Ensino – UNICAMP, Campinas, 2012.
As imagens da serie “Los desastres de
la guerra” podem ser consultadas no site da Biblioteca Nacional: http://bibliotecadigitalhispanica.bne.es
Ações Educativas. In: MUSEU MUNICIPAL DEOLINDO MENDES PEREIRA. Disponível
em: https://museudmp.blogspot.com/2018/08/acoes-educativas.html
Ótimo texto, adorei a ideia do uso das vestimentas em fotos e registros históricos como fonte! Gostaria de saber de onde partiu a proposta inicial e sugestões de outras fontes similares.
ResponderExcluirDesde já grata.
Libiane Karina Orth
Olá Libiane! A proposta surgiu durante as aulas de História da América como uma atividade de extensão com o intuito de ajudar professores a fazer novas atividades durante as aulas. O álbum de história pode ser composto pelos mais diversos temas e ainda pode ser incluídas novas imagens com a ajuda dos próprios alunos fazendo seu próprio álbum histórico.
ExcluirExistem variados tipos de fontes, sejam elas midiáticas ou escritas, além de objetos, ainda possuíamos relatos orais que também servem de fontes, bem como as próprias fotografias que temos em casa ou nossos alunos possuem.
Material bastante rico para as aulas, dinamiza o conteúdo, gostaria de saber quais os quesitos das vestimentas nas obras trabalhadas que mais demonstram na opinião de vocês os estamentos sociais ?e se ainda existem questões nas obras que vocês gostariam de trabalhar a respeito da moda?
ResponderExcluirOlá Sirlene, são muitos os objetos que podemos analisar nas pinturas, na figura nº 9, podemos analisar desde os sapatos do sujeito até a sua mesa, composta de papeis e caneta tinteiro, levando a sugerir o grau de letramento do sujeito em um contexto onde poucas pessoas sabiam ler e escrever. Podemos pensar ainda até mesmos nos moveis da mesma pintura que lembram um estilo mais luxuoso.
ResponderExcluirNa figura nº7 podemos analisar o contraste entre a população e os militares, os populares com apenas poucos tecidos sem um corte ou modelo, entretanto, militares usando casacos e chapéus. Na imagem nº 4, a qual é sobre o conflito do Contestado, podemos perceber os sertanejos sentados no chão (podemos pensar que essa posição demonstra o poder investido sobre eles, os colocando como inferiores) com vestimentas simples, mangas arregaçadas dando visão a parte dos braços e pernas dos sertanejos. enquanto o exercito em pé, demonstrando superioridade, se encontra bem trajado, usando de até mesmo um tecido melhor e mais novo, pois possui cores escuras e não desbotadas.
Gostariamos de trabalhar com a representatividade das mulheres nesses conflitos, como eram suas posturas perante a sociedade e as suas contribuições nos dois conflitos, dessa forma, estariamos dando voz a outros sujeitos que muitas vezes são silenciados. Obrigada pelos questionamentos.
Att: Ligia Daniele Parra.
O que é uma “Caixa de História”?
ResponderExcluirMuitas vezes o docente se depara com falta tempo e recurso para articular um grande projeto. Entretanto, hoje, com a ampliação do acesso à internet, possuímos uma extensa biblioteca online composta dos mais variados assuntos, possibilitando que as aulas de história possam “aproximar os alunos do trabalho do historiador, desenvolvendo algumas habilidades gerais, como a leitura e a escrita.” [ROCHA, 2012, p. 15] na minha perspectiva achei esse parágrafo super importante, porém como estudante de pedagogia como poderei ajudar o professor que não tem interesse em conhecer mais sobre as tecnologias para aperfeiçoar suas aumas e assim torna las mais dinâmic?
Att: Franciele Folk
Olá Franciele, é complicado quando alguns professores preferem a educação bancária. O cansaço, a profissão desvalorizada e algumas vezes a falta de interesse do aluno (que deve ser observada, pois talvez tenha problemas familiares que prejudicam o seu desenvolvimento no ambiente escolar) fazem com que o professor apenas passe um conteúdo sem querer atingir a interação dos alunos. A formação continuada, participar de debates sobre o contexto atual da educação, desenvolvendo novas perspectivas, apropriando-se de novas teorias pode despertar novamente em um professor o gosto por aulas dinâmicas. Buscar novos teóricos, Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido faz uma forte crítica sobre a educação bancaria. Isabel Barca, no texto Aula oficina, também possui uma ótima discussão sobre aulas com o uso de instrumentalização de fontes na sala de aula dinamizando o conteúdo. Todos os dias o professor não vai conseguir propor aulas tão temáticas e revolucionárias, mais propor algumas aulas com um pouco mais de movimento, tentando despertar críticas e discussões são interessantes na área de história. Espero ter ajudado.. Obrigada pela atenção.. ATT: Ligia Daniele Parra
ExcluirBoa Noite, excelente projeto " Caixa Histórica" Parabéns.
ResponderExcluirSó uma curiosidade, Apartir da experiencia de vocês, gostaria de saber como foi a interação, o dialogo entre a comunidade de União da vitória-Pr e a Universidade?
Ayrton Costa da Silva
Olá Ayrton, o projeto caixa de história foi desenvolvido no final do ano, por isso, por falta de tempo ele não foi para as ruas.
ExcluirAtt: Ligia Daniele Parra